Desde novembro do ano passado, este é o quinto ataque do tipo na ilha.
O padre Anselmo Mwangamba foi atacado no dia 13 de Setembro, e está no hospital recebendo tratamento para queimaduras no rosto, peito e braços.
No mês passado, duas jovens britânicas também foram alvo de um ataque que foi manchete no Reino Unido durante vários dias.
Pe. Mwangamba foi atacado quando saía de um cibercafé em Stone Town, uma cidade histórica na popular ilha turística. Stone Town também foi a cena do ataque às mulheres britânicas.
O motivo para este último ataque é desconhecido, embora as tensões estejam elevadas na ilha entre a maioria muçulmana e os habitantes cristãos.
O presidente de Zanzibar, Ali Mohammed Shein, visitou o padre no hospital e disse à imprensa que o ataque tinha "trazido caos e confusão para o país e para o exterior". Ele pediu aos habitantes da ilha que se mobilizem para evitar novos ataques. "Nós não podemos continuar a viver com medo de as pessoas serem alvo de bandidos usando ácido", disse ele.
O comissário de polícia de Zanzibar, Mussa Ali Mussa, disse que alguns suspeitos foram interrogados, mas nenhuma prisão tinha ainda sido feita. Oficiais de Zanzibar chamaram o ataque às mulheres de uma "vergonha para o povo de Zanzibar", e ofereceram uma recompensa equivalente a US$ 6.000 por informações que levassem a prisões.
A Tanzânia está no meio de um processo de revisão constitucional. A nova Constituição proposta será testada num referendo em abril de 2014. Os cristãos são a maioria na Tanzânia, mas Zanzibar há muito tempo expressa ambições de autonomia plena da Tanzânia e a declaração de um Estado islâmico.
A Tanzânia é nº 24 na World Watch List 2013, um ranking anual dos 50 países onde a vida como um cristão é mais difícil. "No arquipélago de Zanzibar, militantes islâmicos empenhados em exterminar todos os cristãos da ilha queimam e saqueiam igrejas e ameaçam os cristãos com a morte", relata a lista.
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FONTE: WORLD WATCH MONITOR
TRADUÇÃO: TÉRCYO DUTRA