ANAJURE atuará como instrumento de defesa da infância e adolescência no Brasil durante Copa e Olimpíadas

exploracao sexualCopa do Mundo e Olimpíadas podem estimular exploração sexual de crianças e adolescentes.

2014 está aí, e com ele o ano de grandes realizações na área econômica e política, com a Copa do Mundo e as eleições. Logo mais, em 2016, os Jogos Olímpicos serão sediados em terras brasileiras, e com ele virá o prestígio que um evento desse porte representa para uma nação. Os olhos do mundo estarão voltados para nós, com toda a expectativa que um grande evento esportivo traz.

Os investimentos para esses dois eventos alcançam cifras astronômicas, tanto em obras de infraestrutura, quanto nos desembolsos para a organização e realização dos jogos. 

O número de turistas esperado também é expressivo. Apenas para a Copa do Mundo, a expectativa é de que o País receba cerca de 600 mil turistas estrangeiros, além de mais de 1.1 milhão de turistas internos que se deslocarão para as cidades-sedes dos jogos do torneio.

Além das benfeitorias em termos de revitalização de espaços, resolução de problemas de transporte e trânsito, aproveitamento do potencial turístico e treinamento de pessoas, muitos são os fatores que ajudam a reforçar a imagem do país-sede.

Uma das questões já levantadas e que estão sendo debatidas pelo governo e sociedade é o provável aumento na busca do que se quer denominar hoje de “serviços sexuais”, nada mais, nada menos, do que a exploração sexual ou prostituição. Neste sentido, o deputado federal, ex-BBB, Jean Wyllys, chegou a propor a regulamentação das casas de prostituição, pois a seu ver, a regularização dessa atividade iria garantir um ambiente seguro e direitos trabalhistas à classe, além de conter a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Esse é um dos pontos mais preocupantes para os que defendem a proteção das crianças e adolescentes. Para o membro honorário do Conselho Diretivo da Associação Nacional dos Juristas Evagélicos (ANAJURE), Guilherme Schelb, as campanhas turísticas do Brasil no exterior chamam a atenção para as belas mulheres brasileiras, o Carnaval, e de uma forma implícita induzem os turistas estrangeiros a buscarem serviços sexuais por aqui. As políticas públicas no Brasil são contraditórias. Se por um lado o Poder Público faz campanhas contra o abuso infantil, tráfico de pessoas, contra a pedofilia, por outro lado a mídia estimula a sexualização precoce e o turismo sexual”, diz.

Para o Dr. Schelb, as perspectivas para os eventos da Copa e Olimpíadas são sombrias. “O Poder público, por meio da mídia a quem é concedido o poder de veiculação, constantemente a criança e o adolescente são exortados a fazer sexo, a se sexualizar, inclusive do ponto de vista do homossexualismo”, analisa.

Ele explica que a reação das crianças às mensagens divulgadas pela mídia é imediata. “Uma novela induz as pessoas a comportamentos que ela não teriam naturalmente. A indução artificial à sexualização e erotização de crianças e adolescentes monta um quadro muito favorável ao turismo pedófilo no Brasil. Não posso predizer o futuro, mas o cenário é sombrio” analisa o Dr. Guilherme, que há mais de vinte anos atua na Procuradoria Regional da República no combate à violência sexual de menores.

Ele ainda destaca que o Brasil passou para o primeiro lugar no ranking mundial em destino de turismo sexual com crianças em todo o mundo, à frente da Tailândia, que liderava esse triste ranking.

Schelb ainda lembra que na proposta de reforma do Código Penal, há um item que sugere a liberação da exploração da prostituição de adolescentes e jovens. “Isso revela a condição do nosso Poder Público. Imagine como isso fica aos olhos de um pai, uma mãe, vendo os próprios legisladores proporem a regularização da prostituição de adolescentes”. O diretor da ANAJURE ainda chama a atenção que essa faixa etária constitui um dos principais alvos das máfias de exploração de pessoas em todo o mundo.

A luta pela dignidade e vida das crianças e adolescentes é uma das frentes de atuação da entidade. Para o presidente da ANAJURE, Uziel Santana, “a defesa da vida, desde a concepção, e da formação sadia e natural das nossas crianças e adolescentes faz parte do conjunto de Liberdades Civis Fundamentais com o qual nos preocupamos. A ANAJURE não medirá esforços em, junto com outras instituições e o próprio Poder Público, combater o turismo sexual e a prostituição infantil e juvenil, especialmente, neste contexto de Copa do Mundo e Olimpíadas. Estamos também atentos aos lobbies que começam a se formar no subterrâneo do poder para legalizar a corrupção de menores e todas as formas de prostituição. Certamente, a sociedade gritará em alto e bom som contra isso e a ANAJURE lutará no mesmo sentido”, pontua.

Não podemos aceitar que crianças de 10, 12 anos iniciem sua vida sexual, por vezes induzida na própria família, ou na escola e em comunidades carentes. Não podemos aceitar isso como manifestação da liberdade. Essas crianças são escravas de uma política pública federal que de um lado combate, mas por outro estimula a erotização da infância. A ANAJURE nesse sentido atuará como um instrumento de defesa da vida e da infância.”, completa Guilherme Schelb.

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