ENTREVISTA – Prof. Marcos Eberlin fala sobre a Teoria do Design Inteligente

"Nada em ciência é melhor do que um dado após o outro, dia após dia. E os dados, uma verdadeira avalanche deles, apontam hoje para o DI como a melhor inferência sobre nossas origens." Marcos Eberlin

 Congresso

Pela primeira vez terá lugar na cena científica brasileira um congresso especializado com o objetivo de debater os fundamentos e implicações da Teoria do Design Inteligente (TDI). O 1° Congresso Brasileiro do Design Inteligente ocorrerá nos dias 14, 15 e 16 de novembro no resort The Royal Palm Plaza, em Campinas (São Paulo), com uma extensa programação especialmente planejada para receber e fomentar o debate científico em torno da origem do Universo e da Vida.

Na programação, 15 palestras sobre temas que vão desde a química, a bioquímica e a cosmologia serão proferidas por importantes nomes de nosso meio científico como Rodinei Augusti, Kelson Mota, Marcos Eberlin e Ricardo Marques. A história, conceitos e fundamentos da teoria conhecida como sendo inovadora e ousada  – por quebrar paradigmas no meio científico – na chamada Ciência das Origens, serão abordados nos três dias do encontro.

O evento também terá participação do Dr. Uziel Santana, presidente da ANAJURE, que faz parte do Comitê Científico do congresso e falará sobre o tema: Liberdade Científica: o Direito Constitucional de Discutir e Investigar o Design Inteligente no Meio Acadêmico. "Ora, quando nos deparamos com a atual situação dos cientistas e teóricos do Design Inteligente e o tipo de resistência e oposição que vêm enfrentando de parte do establishment acadêmico-universitário, estamos a ver exatamente acontecer um típico exemplo de violência simbólica com fortes tendências a restrições ainda mais sérias no campo jurídico e das políticas públicas de fomento à pesquisa científica. Nada mais, pois, nefasto, antidemocrático e ameaçador da própria atividade intelectual, acadêmica e científica de uma sociedade", afirmou.

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Reconhecida como sendo uma teoria revolucionária, a TDI estuda e analisa os dados científicos mais recentes sobre os eventos que deram origem ao Universo e aos seres vivos, que intrepreta apontando, por meio de observação científica e seus métodos, os padrões de inteligência revelados através da complexidade irredutível, da informação e da antevidência, que produzem as evidências de uma inteligência organizadora. Em seu arcabouço teórico, a TDI reúne metodologia e conhecimentos interdisciplinares de estudos dos seres vivos em nível molecular, e através de inferências baseadas em fatos observáveis, propõe uma reinterpretação da origem da vida.

Uma das principais inferências é que não existem processos naturais não guiados conhecidos que, para a vida, poderiam ter formado seus sistemas de irredutível complexidade, nem a informação semântica e aperídica que governa a vida, como sugere a evolução darwiniana, e que a ciência assim só conhece uma causa para tal complexidade e informação: mentes inteligentes. Assim, há evidencias claras hoje em Ciência contra a ação de processos naturais e em favor do Design Inteligente. “Como cientistas, pagos com recursos públicos”, diz o professor Marcos Eberlin, coordenador do evento, professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e membro das Academias Paulista e Brasileira de Ciências, “não temos a opção, mas a obrigação de, deixando nossas preferências em casa, avaliar as duas causas possíveis e contar à população a verdade dos dados”. E conclui: “esses dados apontam como nunca antes, para a maior descoberta científica de todos os tempos em ciência, a de que fomos planejados. A TDI se propõe então a fazer ciência plena e sem pré-conceitos, livres de qualquer pré-concepção de como o Universo e a Vida são, e como deveriam ter sido formados”.

 

A Teoria do Design Inteligente

           
A TDI é um programa de pesquisa científica, bem como uma comunidade de cientistas, filósofos e estudiosos que procuram fazer ciência livre e despreconceituosa e assim avaliam frente aos dados as duas causas possíveis para o Universo e a Vida: Forças naturais ou a ação de uma mente inteligente. A teoria sustenta que as características do Universo e dos seres vivos são contrárias à ação de processos naturais e melhor explicadas por uma causa inteligente.

Em suas pesquisas, a TDI tem aplicado diferentes métodos para detectar nos dados científicos evidências da complexidade irredutível das estruturas biológicas, a informação aperiódica, específica e funcional contida por exemplo no DNA, e a arquitetura física e ajuste fino do Universo que sustenta a vida, além da origem geológica rápida como na diversidade biológica no registro fóssil durante a explosão Cambriana e a ausência de dados nesse registro que comprovem a evolução darwiniana.

A TDI moderna surgiu nos EUA na década de 1980 e desde então tem ganhado adeptos em todo o mundo, possuindo hoje inúmeros acadêmicos, cientistas, profissionais e  estudiosos que compactuam com sua visão teórica. Em seus quadros reúne prestigiados cientistas de todas as áreas, como química, bioquímica, biologia, física, estudiosos de filosofia, ética, teologia, ciências sociais, arqueologia. A TDI se propõe assim a fazer ciência com todo o rigor e a liberdade que ela deve ter, deixando de lado  crenças e pressupostos de seus defensores, mas seguindo sempre os dados científicos e as conclusões livres de paradigmas, sem necessariamente se ater a implicações filosóficas ou teológicas que essas conclusões venham a ter.

 

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O PROFESSOR MARCOS EBERLIN

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ANAJURE – Numa tentativa de menosprezar o debate do tema, críticos da TDI a chamam de 'criacionismo disfarçado', em referência a um criacionismo sem evidência científica. No entanto, o senhor afirma que a TDI hoje é uma teoria 'inevitável'. Quais são as maiores evidências científicas desta teoria?

MARCOS EBERLIN – A TDI, contrário ao que se “prega” por ai, é Ciência sim, e em sua mais pura essência. Nada de religião, nada de filosofia, nada de pacto com cosmovisões. A TDI joga o jogo pleno da Ciência, que nos manda deixar toda a nossa subjetividade em casa, pois cientista não tem gosto, nem preferências, e a Ciência plena nos manda seguir os dados, onde quer que eles nos levem. A TDI, fazendo boa ciência, e querendo descobrir a verdade, doa a quem doer, avalia as duas causas possíveis para a Vida e o Universo: forças naturais ou uma ação inteligente. E frente aos inúmeros e detalhados dados que a Ciência moderna tem produzido, a TDI percebe a inviabilidade da primeira hipótese e as fortes evidências que apontam como nunca antes para uma mente inteligente e consciente como a causa primeira de nós todos e de  tudo o que nos rodeia. Enquanto isso, a ciência atual, preconceituosa e alicerçada no materialismo filosófico, limitada e cegada pelo paradigma materialista, que só admite existir matéria energia e espaço nesse Universo, parte do pressuposto equivocado de que foram as forças naturais a causa magna, e assim sem ter outra opção, é forçada a sugerir teorias que fogem da racionalidade que a ciência deveria ter, como nos casos do sumiço da antimatéria, da gravidade formando estrelas, e de dino virando canário.   

A – Apesar da TDI ainda ser ignorada por parte da comunidade científica, a cada dia ela ganha mais força entre mestres e doutores em áreas de estudo famosas por defenderem a perspectiva evolucionista, e um pequeno exemplo disto é o próprio comitê científico do 1º Congresso Brasileiro do DI. A que o senhor atribui este avanço e por que, em sua opinião, ainda existe tanta resistência quanto ao debate da TDI nas escolas e universidades?

ME – O avanço é inevitável. A TDI tem ganho o mundo e sua aceitação como a teoria de nossas origens é questão de tempo, e de pouco tempo. Nada em ciência é melhor do que um dado após o outro, dia após dia. E os dados, uma verdadeira avalanche deles, apontam hoje como nunca antes para o DI como de longe a melhor inferência sobre nossas origens. A academia e os acadêmicos, evidentemente, principalmente os mais seniors, que propagaram com todo o alarde que iriam explicar tudo através da ciência naturalista, através de forças e matéria, tem resistido com “unhas e dentes” em admitir essa nova realidade cientifica que varre o mundo, essa contra-revolução causada pela comprovação do DI. Mas novas gerações estão chegando e rapidamente deslocando a velha e desgastada teoria naturalista e assim reestabelecendo a percepção inicial do DI, percepção essa original na Ciência, inclusive o seu único fundamento, que era dos pais da Ciência, que em sua imensa maioria eram defensores do DI.   

A – Desde quando o senhor começou a se interessar pela TDI? Como foram as reações das primeiras discussões em sala de aula?

ME – Minha história é longa e está descrita em meu Web Book Fomos Planejados (www.fomosplanejados.com.br), no capitulo: por que defendo a TDI e combato a evolução? Mas, brevemente, minha defesa da TDI se iniciou em 2008, quando a Veja publicou uma matéria que ofendia os DIistas, os classificando de “obscurantistas”, e declarava o naturalismo filosófico e a evolução como totalmente triunfantes em Ciência. Eu sabia que isso era mentira e então decidi que era hora de me manifestar. Minha primeira palestra sobre o DI foi para uma turma de química geral da UNICAMP, e o interesse foi imediato e tremendo, vi uma sede sem igual por algo mais que matéria, energia e espaço!   

A – Certamente, enquanto cristão, é possível sugerir que Deus seja o Designer. Mas, enquanto cientista, é possível apontar quem ele seja? 

ME – A ciência é magnífica, sou cientista, sou fã da ciência, extremamente motivado e feliz por fazer parte de seus quadros. Mas como cientista, militante e racionalista de carteirinha, eu sei que a ciência tem limites, e muitos, e que só entendemos por completo a Vida e o Universo quando acrescentamos à Ciência o conhecimento imenso que nos traz a filosofia e a teologia. Quem acha que só a ciência traz conhecimento é um ser com pouca sabedoria para perceber os limites da ciência e um ser com conhecimento limitado por esses limites. Os limites da ciência então não nos permitem, como cientistas, descobrir quem seria o designer. Não há como usar a metodologia cientifica com esse objetivo. Sabemos que a obra foi de uma mente inteligente, sabemos descrever algumas características que essa mente deveria ter, mas quando nos perguntam quem foi, a ciência se cala. Mas eu sei, felizmente, um pouco mais do que a ciência me ensinou, eu sei um pouco de filosofia e teologia, e a minha filosofia e minha teologia me apontam sim para Deus, e o Deus bíblico, como o melhor candidato para o Designer. É por isso que a TDI é tão combatida, porque é a própria ciência e seus métodos e seus princípios que detecta a ação de uma mente inteligente como causa primeira do Universo e a Vida, sem qualquer preconceito ou predefinição, porém não é a Ciência não, mas sim a filosofia e a teologia que fazem a descoberta mais importante.

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FONTE: Assessoria de Imprensa do 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente 
POR: ANAJURE l Press Officer – Wanda Galvão

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