Irã condena seis cristãos à prisão

Seis iranianos convertidos ao cristianismo foram condenados por crimes relacionados à adesão a uma igreja no lar.

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Mohabat News, agência que informa notícias de cristãos dentro do Irã, publicou um relatório no dia 16 de Junho afirmando que quatro homens, uma mulher e seu filho adolescente foram condenados por uma Corte Revolucionária em Shiraz, no sudoeste do Irã. Os quatro homens foram considerados culpados por frequentar a igreja no lar, propagar o Cristianismo, manter contato com ministérios estrangeiros, fazer propaganda contra o regime Iraniano e por perturbação da segurança nacional, relatou o Mohabat.

O serviço de notícias identificou os quatro homens, são eles: Mojtaba Seyyed-Alaedin Hossein, Homayoun Shokouhi, Mohammad-Reza Partoei (Koorosh) e Vahid Hakkani. Cada um foi sentenciado a 44 meses de prisão. Hossein e Shokouhi receberam oito meses adicionais, relatou o Mohabat. Fariba Nazemina, esposa de Shokouhi, também foi condenada assim como seu filho, Nima Shokounhi. Mohabat não especificou os crimes pelos quais mãe e filho foram culpados, mas relatou que cada um recebeu uma pena de dois anos de prisão.

Os seis foram presos em fevereiro de 2012 após terem se reunido para um culto em uma casa em Shiraz. Eles foram pegos em uma ampla iniciativa para coibir igrejas cristãs durante aquele período. Os cristãos foram mantidos na prisão por mais de um ano antes de sua apresentação a corte. Eles foram julgados pela Corte Revolucionária Iraniana, um subsidiário do Poder Judiciário do país que tipicamente lida com casos envolvendo a segurança nacional.

O Irã é um país oficialmente Islâmico onde os juízes são obrigatoriamente Clérigos Muçulmanos de grau superior, e a religião é considerada uma questão de segurança nacional. Cortes Iranianas são continuamente criticadas por grupos defensores dos direitos humanos e outras nações pelo sigilo e pela falta do devido processo legal.

As condenações foram pronunciadas um dia depois de os Iranianos concluírem as Eleições Presidenciais e ainda estavam absorvendo as notícias da vitória de Hassan Rouhani.

A agência oficial de notícias do Irã, IRNA, não mencionou o veredicto e o caso recebeu quase nenhuma atenção além do relatório do Mohabat.
 

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Fonte: World Watch Monitor
Tradução: Walkíria de Morares

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