Ela foi pioneira na questão do aborto na Espanha em uma época que não era fácil ser. Durante o ano de 1986, o governo de Felipe González acabava de legalizar a interrupção voluntária da gravidez e a Clínica Dator foi o primeiro centro privado que obteve a permissão para realizar este tipo de intervenção. Muitos anos – polêmicas, ataques, anticoncepcionais e abortos – depois, a empresa que administra este simbólico centro situado em Madri se encontra à beira da falência, em concurso de credores.
Partner Line, a matriz em questões, conta desde maio de 2015 com um administrador nomeado pelo Tribunal Mercantil número 7 de Madri, segundo o Boletim Oficial do Estado (BOE).
Fontes jurídicas confirmaram ao Europa Press que a sociedade encontra-se nesta situação e que no processo de administração de falência estão elaborando um convênio de credores.
Segundo adiantou Actuall em 31 de dezembro, a empresa encontra-se falida tecnicamente. No final de 2014, o patrimônio líquido negativo superava dois milhões de euros, precisamente € 2.177.597 euros negativos, tal e como indica o último balanço publicado no Boletim Oficial do Registro Mercantil, consultado pelo Europa Press.
Assim, com € 890.130 euros de ativo corrente, Partner Line deveria afrontar durante 2015 uma dívida exigível a curto prazo de € 3.427.073,6 euros, como demonstra o citado relatório facilitado por Infoempresa.com.
Em seu site não há rastro que faça imaginar sua situação crítica. Em seu cabeçalho seguem presunções de ser um referente médico e científico em matéria de aborto. Não obstante, a realidade diz que o número de interrupções voluntárias de gravidez diminui a cada ano na Espanha.
Em 2014 foram realizadas um total de 94.796 intervenções deste tipo, segundo dados do ministério da saúde. Foi o terceiro ano consecutivo de diminuição e o número mais baixo desde 2005, quando registraram 91.664.
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Fonte: La Razon
Tradução: Samara Ruana l ANAJURE