Durante a noite de sábado, 20 de maio, uma alemã juntamente com seu guarda afegão foram mortos, e uma outra mulher finlandesa foi supostamente sequestrada, durante ataque a uma hospedaria internacional dirigida por uma instituição de caridade sueca, na capital do Afeganistão, em Cabul.
As duas mulheres trabalhavam para a Operação Mercy, uma ONG de ajuda e desenvolvimento que conta com mais de 300 funcionários em todo o mundo. Seus nomes ainda estão sendo retidos no momento da publicação. O guarda, que foi decapitado, foi empregado diretamente pelos moradores do complexo, não pela agência de ajuda humanitária.
A alemã trabalhou no Afeganistão por 13 anos (na Operação Mercy desde 2011) e liderou um projeto de alfabetização. Sua colega finlandesa estava estudando Dari (versão afegã do persa), preparando-se para uma primeira tarefa. “Ambas eram experientes e tinham um grande desejo de servir ao povo afegão,” afirmou a organização em um comunicado.
A Operação Mercy disse que está dando todo o suporte necessário à investigação e às famílias das vítimas, enquanto busca ajudar no regresso seguro da colega finlandesa e na segurança e apoio do pessoal no país.
Até agora nenhum grupo assumiu a autoria do ataque. O Ministério das Relações Exteriores juntamente com a Direção Nacional de Segurança do Afeganistão lançou uma investigação e em declaração pediu “libertação imediata da finlandesa sequestrada”. O porta-voz do Ministério do Interior Afegão, Najib Danish, disse que os motivos exatos do ataque ainda não são claros: “Não podemos dizer se o incidente tem um passado criminoso ou terrorista, mas uma investigação está em curso.”
Cabul é atormentada por gangues criminosas que encenam sequestros por resgates, muitas vezes visando estrangeiros e habitantes ricos, e as vezes entregando-os a grupos insurgentes, como os Talibãs. Embora o sequestro de estrangeiros tenha aumentado, a ameaça é ainda maior para os afegãos. De acordo com a Câmara de Comércio e Indústrias do país, pelo menos 80 empresários foram sequestrados em 2016, segundo a BBC.
Desde a retirada da maioria das tropas internacionais do Afeganistão em 2014, grupos militantes, como o Talibã, tornaram-se mais ativos na realização do ‘jihad’ contra o governo e agências e organizações do Ocidente, usando o sequestro como uma de suas ferramentas. De acordo com o governo britânico, aproximadamente 100 ocidentais foram sequestrados desde 2001 e as ameaças do tipo ainda são altas e constantes.
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Com informações de World Watch Monitor
Por: Redação l ANAJURE
