Militantes do Al-Shabaab patrulham o mercado de Bakara na capital da Somália, Mogadíscio.
Salama Ali, uma queniana que procurava por seus dois irmãos, suspeitos de se unirem aos militantes do grupo Al- Shabaab, descobriu que mulheres estão sendo presas e traficadas pelo grupo para serem usadas como escravas sexuais. Tais informações foram reveladas na reportagem da BBC, The sex slaves of al-Shabab.
Durante sua busca, Salama descobriu histórias de cristãs e muçulmanas, jovens e velhas, da região de Mombaça e outras áreas da região costeira do Quênia, que foram levadas pela fronteira da Somália contra sua vontade.
Ela ainda criou um grupo de apoio para mulheres que retornaram do cativeiro. Algumas do grupo retornaram com bebês, alguns com HIV e outros com problemas mentais devido às experiências vividas. Todas estão aterrorizadas para falar abertamente por conta dos riscos de serem identificadas erroneamente como uma simpatizante do Al-Shabaab.
Por muitas vezes as mulheres foram atraídas por promessas de emprego com altos salários. Faith*, uma mulher que conseguiu escapar depois de ficar cativa por três anos, recebeu uma oferta de trabalho voltada ao turismo na área de Malindi. Aos 16 anos ela foi drogada e estuprada, antes de ser conduzida para floresta para trabalhar como cozinheira. Ela engravidou e teve o próprio filho na floresta.
Algumas mulheres foram estupradas muitas vezes, por longos anos; outras se casaram com militantes do grupo extremista, como a Sarah*, que afirmou que há um programa organizado de procriação da próxima geração de militantes.
Acredita-se que o Al-Shabaab tem entre 7 mil e 9 mil militantes. Foram realizados ataques severos na fronteira com o Quênia devido à forte presença do grupo, entre eles o assalto do campus universitário em Garissa, que deixou 147 estudantes mortos, principalmente cristãos. O grupo disse que quer a Somália “livre de todos os cristãos.”
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Com informações do World Watch Monitor
Por: Redação l ANAJURE