As universidades latino-americanas e a ideologia de gênero: o caso de Costa Rica

A Universidade Católica da ilha suspende uma conferência pró-gay intitulada ‘Homossexualidade na Bíblia’, na qual  se manipulam citações bíblicas para justificar o estilo de vida gay.

 

Nos últimos meses, surgiram diversos casos em alguns países da América Latina nos quais diferentes universidades católicas apoiavam atos que simpatizavam com a ideologia de gênero ou o homossexualismo político, entrando em contradição com os valores fundamentais destas instituições.

O último caso foi o da Universidade Católica de Costa Rica, que anunciou a suspensão da conferência "Homossexualidade na Bíblia", na qual se manipulam citações bíblicas para justificar o estilo de vida gay.

COSTA RICA

Em um anúncio publicado no Facebook, a Cátedra e organizadora da conferência, Emmanuel Mounier, da Escola de Ciências Teológicas da Universidade Católica de Costa Rica,  anunciou o cancelamento do evento que estava programado para o dia 28 de setembro.

“Devido às confusões que causou, e à má interpretação promovida pela Aciprensa, a organização da Conferência ‘Homossexualidade’ na Bíblia lamenta comunicar-lhes que suspendemos a atividade, com a finalidade de não causar problemas à Conferência Episcopal de Costa Rica, informaram.

O portal Aciprensa informou no dia 17 de setembro que a exposição “Homossexualidade na Bíblia”, do protestante Daniel André Gloor, manipulava passagens da bíblica, dando a entender que personagens como David e Jonatas sustentavam uma relação gay.

Em uma edição anterior da mesma conferência, que se pode encontrar no Youtube, Gloor indicou que no primeiro capítulo de Samuel, no qual se relata que Jonatas e Davi "beijaram um ao outro e choraram juntos", este beijo "é como o beijo francês". "A primeira vista seria fácil concluir que os dois amigos que se amam tanto e se dão um beijo realizam um gesto erótico", disse. Nessa ocasião, Gloor assegurou que o uso da Bíblia para desaprovar os atos homossexuais “é um assunto muito traiçoeiro”.

O folheto do evento mostra às mártires Santa Perpétua e Santa Felicidade como se tratasse de um casal de lésbicas.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que a Bíblia apresenta atos homossexuais "como depravações graves", pelo que "a Tradição declarou sempre que os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados".

As pessoas homossexuais, segundo o compendio da doutrina da Igreja, devem ser acolhidas "com respeito, compaixão e delicadeza. Se evitará, com respeito a eles, todo signo de discriminação injusta".

O Catecismo ensina que as pessoas que apresentam atração ao mesmo sexo "estão chamadas à castidade", e "a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição”.

Ao voltar ao Vaticano depois de participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (Brasil), o Papa Francisco afirmou: "se uma pessoa é gay e busca ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para criticá-lo? O catecismo da Igreja católica  explica isto de forma muito bela".

 

Mais universidades latino americanas com atos contrários aos seus princípios

É evidente que cada vez são mais claros os passos que os defensores da ideologia de gênero estão dando para implantar seu pensamento nos países latino-americanos. Uma prova disso são os últimos objetivos do imperialismo do lobby abortista: El Salvador, Chile e Nicarágua. E outro exemplo da deriva abortista na região temos no Brasil, quando a presidenta Dilma Rousseff aprovou a lei que promove o aborto e permite a distribuição de um remédio abortivo em todo o sistema sanitário do país. E o fez  tão somente quatro dias depois da visita do Papa Francisco para assistir à JMJ do Rio.

imagem 1As universidades católicas não estão ficando à margem: recentemente a Pontifícia Universidade Valeriana da Colômbia, dirigida pela Companhia de Jesus (jesuítas), organizou o chamado "Ciclo Rosa Acadêmico", um evento pro gay que pretendia reunir a importantes promotores do lobby homossexual na Colômbia e Equador. Afortunadamente, este ato foi cancelado, graças à pressão que os laicos exerceram.

Na mesma linha de atuação, a Universidade Antonio Ruiz de Montoya (UARM), cujo lema é “a universidade jesuíta do Peru”, tinha previsto realizar o curso ‘Linguagem, Gênero e Sexualidade’, a cargo do ativista LGBT (lésbicas, gay, bissexuais e transexuais) Ernesto Cuba, no qual se promoverá a ideologia de gênero e a agenda homossexual.

Em principio, o curso estava programado para ser realizado a partir de 13 de agosto até o dia 5 de setembro deste ano, mas por falta de inscritos haveria sido postergado para o verão de 2014.

Segundo Cuba, membro do grupo LGBT ‘As insubmissas de Lilith’, seu curso responderá a inquietudes como “É certo que as mulheres falam mais que os homens ao conversar? Como é ter ‘voz de homem’? E ‘falar femininamente’? Existe algo a que se poderia chamar uma ‘linguagem gay’? E o que há das tentativas de promover uma linguagem não sexista?, Deram  resultado?”. “As Insubmissas de Lilith” além de sua agenda gay apoia a descriminalização do aborto no Peru.

A chefe de Educação Contínua da universidade jesuíta disse que “não há porque ter nenhum temor sobre estes temas”em referência à homossexualidade, e manipulando as palavras do Papa Francisco disse que “o Papa, que é jesuíta também, foi bastante aberto com estes temas, quem se atreveria a julgá-los se Deus não o fez”. “Não me parece que estejamos fazendo nenhuma transgressão contra nenhum valor católico nem contra a Igreja católica neste caso”, concluiu.

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FONTE: FORUM LIBERTAS
TRADUÇÃO: ÉLICA JULIANNE

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