[Pastor Pierre Boena/ Foto: World Watch Monitor]
Na última quinta-feira (07), Pierre Boena (pastor da igreja Assembleia de Deus) e sua família foram liberados após quatro dias de um sequestro ocorrido no dia 03 de junho na província de Soum, no nordeste de Burkina Faso. Eles estavam em casa no momento do ataque e, de acordo com fontes locais ao World Watch Monitor (WWM), também estavam presentes no local Pauline Sawadog, membro da igreja, acompanhada de suas duas filhas. [Leia mais]
Segundo a WWM o motivo da liberação não é conhecido, nem se sabe se foi um resgate pago. Fontes locais disseram à Omega Radio que o pastor Pierre Boena, seu filho David e sua nora, Ami Sawadogo, foram libertados na quinta-feira (07). O relatório não mencionou especificamente as duas netas, Fasne-wendé Ouédraogo e Pélagie Sawadogo, que também foram sequestradas durante o ataque no domingo, mas a WWM entende que elas também foram liberadas. Essas fontes sugeriram que Pauline e suas filhas podem ter sido sequestradas junto com a família do pastor Boena mas na quinta-feira, eles disseram que o paradeiro dela e suas filhas permanece desconhecido.
Outros sequestros já ocorreram anteriormente, como é o caso do catequista Basnéré Mathieu Sawadogo e sua esposa Alizeta, que foram sequestrados duas semanas antes, e um casal australiano, sequestrado há 18 meses. Ken e Jocelyn Elliott, administravam uma clínica de 120 leitos por 40 anos até o ataque, em janeiro de 2016. Jocelyn foi libertada um mês depois, mas seu marido permanece em cativeiro.
Nenhum grupo assumiu ainda a responsabilidade pelos recentes sequestros, entretanto, o WMM acredita que os perpetradores possam ser pertencentes à etnia Fulani. Houve especulações de que os sequestros poderiam ser o resultado de atos de violência contra as comunidades Fulani por parte das forças de segurança que, segundo dizem, os irritaram. Fulanis e Tuaregs são os dois principais grupos étnicos nômades no norte de Burkina Faso e nos vizinhos Mali e Níger.
Os recentes sequestros dos dois líderes da igreja cristã criaram uma atmosfera de ansiedade entre as comunidades cristãs na nação do Sahel, considerada um modelo de tolerância em uma região problemática. Para o Dr. Uziel Santana, presidente da ANAJURE,”esses casos crescentes de sequestros de cristãos são sinais de um grande aumento da atividade terrorista islâmica na África. Fato que deveria atrair a atenção da comunidade internacional como um todo, nos lembrando que as questões relacionadas à proteção da liberdade religiosa ao combate ao terrorismo devem ser uma prioridade não apenas no Oriente Médio, mas em vários outros lugares do mundo, como na África e Ásia.”
Para mais informações sobre esse caso, escreva para o Secretário do ANAJURE Refugees, Igor Sabino, em [email protected]
__________________________
Com informaçãos do World Watch Monitor
Redação / ANAJURE