“Surpreende constatar que uma autoridade do Conselho da Europa, responsável por uma matéria tão sensível como os Direitos Humanos, não tenha estendido sua consideração às famílias espanholas, que são os verdadeiros sujeitos e objetos de tais Direitos Humanos”, enfatizou o presidente do Fórum da Família, Benigno Blanco.
“Ele recusou-se a se reunir com as associações familiares e isso supõe desinteresse por conhecer as verdadeiras causas do conflito e orientar suas soluções.”
Madrid, 10 de Junho de 2013 – Na semana passada o comissário europeu de Direitos Humanos, Nils Muiznieks, esteve na Espanha e se encontrou com diversas autoridades do governo, defensores públicos e associações não específicas. O Fórum da Família solicitou reunião com ele, mas seu escritório surpreendentemente declinou sobre a possibilidade de realização do encontro.
Em declarações posteriores, o comissário expressou sua preocupação com a eliminação da disciplina Educação para a Cidadania do currículo escolar e o ‘risco de que seus conteúdos sejam diluídos’. Nils Muiznieks parece ignorar que tal eliminação foi motivada por uma ação governamental, no exercício anterior, que considerou ilegítimo o direito dos pais em educar seus filhos. Isso levou a um movimento por parte de milhares de famílias com base na objeção de consciência.
Nas palavras do diretor geral do Fórum da Família, Ignacio García Juliá, “é lamentável que o comissário ignore o artigo 2 do protocolo adicional ao Convênio para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais, onde é garantido o direito dos pais “de educar seus filhos segundo suas convicções religiosas e filosóficas’. E não querer se reunir com as associações familiares supõe desinteresse para conhecer as verdadeiras causas do conflito e orientar em suas soluções. A sociedade espanhola, bem como as famílias em geral, necessitam de políticos responsáveis, tanto dentro como fora das nossas fronteiras, que as protejam das ideologias que dificultam a convivência e provocam o fracasso educativo que vive nosso país”.
“Sem um programa educativo verdadeiramente neutro – continua o diretor do Fórum da Família -, uma exigência na superação dos conteúdos que motive os professores, uma liberdade das famílias para educar seus filhos e uma medida confiável da qualidade dos estabelecimentos de ensino, não é possível conseguir que nosso sistema educativo seja o motor de progresso que toda sociedade está demandando”.
O Fórum da Família espera na próxima visita do Sr. Muiznieks uma maior receptividade e respeito com as famílias espanholas e em suma com os país, palco principal deste conflito.
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Fonte: Foro de la Familia
Tradução: ANAJURE