Diretor da ANAJURE participa de debate sobre Liberdade Religiosa na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie

Evento promovido por Centro Acadêmico é marcado por clima hostil às opiniões do Dr. Guilherme Schelb contrárias à agenda gay.

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Em respeito à liberdade de expressão e ao livre debate de ideias, aconteceu na Universidade Presbiteriana Mackenzie um debate com o deputado federal Jean Wyllys e o diretor honorário da Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE e Procurador Regional da República, Dr. Guilherme Schelb, com o tema “Liberdade Religiosa e Diversidade Sexual: Um casamento possível?”.

O debate fez parte de um amplo painel de temas políticos e econômicos dentro da I Semana Política “Jorge Americano”, organizada pela Faculdade de Direito da Mackenzie e promovida pelo Centro Acadêmico João Mendes, que incluiu temas como reforma política, panorama econômico atual, políticas de meio ambiente, entre outros. O Deputado Federal foi convidado especialmente pelo Centro Acadêmico. O Procurador da República foi convidado, ainda que de última hora, para exatamente fazer o contraponto e promover o debate de ideias.

Nas discussões, o Dr. Schelb abordou aspectos jurídicos a respeito da criminalização de opiniões e manifestações de pensamento contrários ao movimento gay, questões contempladas pelo PLC 122/2006, mostrando cabalmente o aspecto inconstitucional e autoritário da proposição. Além disso, falou sobre o material conhecido como kit gay, que contem aspectos que promovem a erotização da infância, uma das bandeiras do movimento LGBT que é veementemente combatida pela ANAJURE.

Apesar do jurista – que atua no Ministério Público Federal e é um dos Procuradores da República mais respeitados do país – ter sido aberto ao debate equilibrado de idéias, enfrentou franca oposição, não só de argumentos, mas também de vaias em alguns momentos.  Apesar disso, o Dr. Guilherme Schelb manteve-se coerente com os princípios da ANAJURE que inclui a liberdade de expressão irrestrita mesmo àqueles que pensam contrários a associação, suas bandeiras programáticas e ao movimento evangélico em geral.

Temos que respeitar as pessoas que têm idéias contrárias às nossas. Criminalizar opiniões contrárias – como querem o movimento gay e o PL 122 – só encontra respaldo histórico no direito nazista alemão. Não podemos aceitar a intolerância, ainda que para defender minorias. Como cristãos, agimos diferente: combatemos o pecado com vigor, mas respeitamos o indivíduo e sua dignidade humana (Gl 3,28), independente do que se faça ou fale“.

O presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana, ressaltou o livre debate de ideias e a oportunidade que o segmento evangélico teve, através da ANAJURE, de contrapor pontos importantes da agenda gay – como é o caso do PL 122/2006 e da erotização infantil – de um modo equilibrado, respeitoso e sem ceder a provocações.

A ANAJURE, através do Dr. Guilherme Schelb, deixou claro ao movimento gay que os respeita como movimento político, mas que combate veementemente algumas de suas propostas, como é o caso do PL 122 e da recente tentativa de implantar políticas educacionais e culturais de erotização infantil”.

A respeito do debate ter ocorrido numa universidade cristã, é preciso lembrar – ainda que seja óbvio – que a presença do Deputado e o debate do assunto não significam o apoio ou concordância da direção da universidade à agenda LGBT, uma vez que o evento foi organizado e promovido por um de seus muitos diretórios acadêmicos. Ao mesmo tempo, é preciso lembrar que uma das características da universidade, desde a idade média, é a possibilidade de se discutir todos os temas sociais.

A posição da ANAJURE, neste sentido, é a de sempre participar das esferas acadêmica, pública e comum, de modo a deixar clara qual a posição cristã, sem que isso signifique a imposição autoritária da nossa cosmovisão, como é o caso de certos segmentos e movimentos sociais.

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