[FOTO: Algumas das vítimas do atentado terrorista do último domingo (11) / Jornal Egyptian Streets]
Os funerais daqueles que faleceram no ataque ocorrido no dia 11 de dezembro, contra a principal Catedral Copta do Cairo, ocorreram na Igreja da Virgem Maria e St. Athanasius, na capital egípcia. Os trabalhos foram conduzidos pelo líder da Igreja Ortodoxa Copta, o Papa Tawadros II, que interrompeu uma visita papal à Grécia.
Três homens e uma mulher foram detidos sob a suspeita de estarem ligados ao crime, que aconteceu às 10 horas da manhã, durante uma missa na Capela de S. Pedro e S. Paulo, reservada para as mulheres, e que também feriu pelo menos 41 pessoas. Compete destacar que as vítimas mortais são, sobretudo, mulheres e crianças. As autoridades egípcias estão levando em consideração a ocorrência de um ataque suicida.
Após a explosão, o Presidente do Egito, Abdul Fattah el-Sisi, decretou três dias de luto nacional, salietando: “O terrorismo tem como alvo os coptas e muçulmanos egípcios (…) Nestas circunstâncias, o Egito tende a se tornar cada vez mais forte e unido”. O Sheikh Shawky Ibrahim Abdel-Karim Allam, Grande Mufti do Egito, também pediu por unidade, afirmando que “atacar igrejas com bombas, ocasionando demolições, matando os que estão dentro e aterrorizando as pessoas é proibido pela Sharia”.
O Bispo-geral da Igreja Ortodoxa Copta do Reino Unido, V.S. Angaelos, destacou: “Como cristãos, também acreditamos no perdão, contudo, isso não significa que ignoramos a justiça (…) O perdão é, em última instância, libertador, mas, ao mesmo tempo, a justiça é essencial; não com a finalidade de punir, mas para garantir e proteger as nossas sociedades, nas quais as pessoas devem viver respeitosamente lado a lado”.
O Chefe Executivo da CSW, Mervyn Thomas, se manifestou dizendo: “Estamos profundamente tristes em decorrência deste ataque desumano, cometido contra fiéis reunidos em celebração justamente no mês do Advento. Nossas orações estão com aqueles que tragicamente perderam seus entes queridos e com todos os feridos. Este é o ataque mais mortal contra a comunidade cristã egípcia, desde o bombardeio ocorrido contra a igreja em Alexandria, em 2011. O presente fato ocorreu na sede da Igreja Ortodoxa Copta e segue uma série de ataques sectários contra as comunidades cristãs, cujos responsáveis escapam de qualquer punição. Desta forma, enquanto o bombardeio destaca mais uma vez a necessidade de vigilância e segurança redobrada em comemorações festivas, também chama a atenção para a urgente necessidade de prestação de contas de todos os ataques sectários, bem como o dever de justiça para com as comunidades atingidas ao redor do país.”
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FONTE: CSW
TRADUÇÃO: Natammy BonissonI l ANAJURE