[Foto: Reprodução – World Watch Monitor]
Casas de cristãos coptas foram atacadas em uma vila no Alto Egito na semana passada, depois que os cristãos se opuseram a um grupo de jovens muçulmanos nadando nus em um canal em frente de suas casas, enquanto mulheres cristãs estavam sentadas do lado de fora. O incidente ocorreu em 4 de junho, na aldeia de Tarshoub, na província de Beni Suef.
“Uma turba muçulmana se reuniu em volta das casas dos cristãos e começou a atirar tijolos e pedras, enquanto gritava ‘Allahu akbar’ [Allah é o maior] e gritava slogans contra os coptas”, disse Nashaat Ezzat, copta local. “Eles quebraram as janelas e portas de algumas casas, saquearam e destruíram algumas propriedades”.
Seis coptas foram feridos e precisaram de pontos em suas cabeças. Segundo Ezzat, a polícia chegou ao local três horas após o ataque, prendendo sete coptas e dois muçulmanos. Todos foram libertados cinco dias depois, na manhã de 9 de junho.
Cristãos locais disseram que a polícia os prendeu para pressionar a comunidade cristã a se reconciliar com seus agressores muçulmanos em troca da libertação dos coptas detidos.
Outro morador copta da aldeia, Fadi Fathi, disse ao World Watch Monitor que uma “sessão de reconciliação”* foi realizada na aldeia em 8 de junho, durante a qual os cristãos concordaram em se reconciliar com seus vizinhos.
As duas comunidades concordaram que se um partido atacar o outro no futuro, o lado ofensor deve pagar uma multa de 250.000 EGP (US $ 14.000).
*Esquema de reconciliação do Egito: O esquema de reconciliação visa restaurar boas relações com a comunidade sem a necessidade de envolver policiais, mas alguns cristãos, especialmente em cidades pequenas, reclamaram que através do esquema eles são pressionados a simplesmente deixar suas reclamações.
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World Watch Monitor
Tradução: Igor Sabino