EGITO – CSW pede investigação sobre incursões policiais violentas em comunidade cristã

EGITO

A Christian Solidarity Worldwide (CSW) está pedindo ao Ministério do Interior Egípcio para lançar uma investigação urgente e transparente sobre as incursões conduzidas pela polícia em Al-Minya em 23 de setembro, nas quais membros da comunidade Copta foram perseguidos e agredidos, suas casas e propriedades destruídas e 12 pessoas foram detidas.

As incursões ocorreram depois que membros da comunidade Copta protestaram em frente à delegacia de polícia na cidade de Samalout na província de Minya em 16 de setembro, exigindo ação da polícia sobre o sequestro de uma mulher cristã. De acordo com a polícia, alguns dos manifestantes jogaram coquetéis molotov na delegacia de polícia, levando à detenção de mais de 30 manifestantes.

Nas primeiras horas da manhã seguinte, a polícia invadiu as casas e propriedades dos Coptas locais, destruíram bens e abusaram fisicamente moradores, incluindo uma mulher idosa e crianças, se referindo a ele como infiéis. Eles também amarraram um grupo de homens e detiveram 12 pessoas, alegadamente por motivos espúrios. O Tribunal Samalout Misdemeanour desde então soltou aqueles detidos.

A comunidade cristã do Egito experimentou recentemente um aumento em sequestros, intimidação, abuso e mortes, especialmente em Al-Minya, Assiut, Sohag e outras províncias do Alto Egito. Perpetradores, incluindo militantes islâmicos, muitas vezes sequestram homens Coptas, mulheres e crianças pelo resgate ou em vingança pela remoção do presidente islamita Mohammed Morsi, em Julho de 2013, o que alguns culpam erroneamente a comunidade Copta. Há alegações de longa data de que as autoridades falharam em proporcionar proteção suficiente para a comunidade e a resposta inadequada da polícia gerou um clima de impunidade.

O Chefe Executivo da CSW, Mervyn Thomas, disse: “É preocupante saber que a comunidade cristã foi alvo da polícia, apesar de que 30 pessoas já haviam sido presas em conexão com a violência no protesto. A nova constituição egípcia estabelece no artigo 64 que a liberdade de crença é absoluta, e no artigo 9 o Estado compromete-se a assegurar a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos sem discriminação. Tais atos por parte das forças de segurança constituem grave violação da Constituição, assim como a alegada falha das autoridades locais em proteger as comunidades Coptas de sequestro e extorsão. Uma investigação urgente e transparente sobre o incidente em Samalout é necessária a fim de garantir que todos os fatos sejam estabelecidos e os culpados de agir de forma inadequada sejam levados à justiça. Também instamos as autoridades egípcias a serem mais proativas em assegurar que as comunidades Coptas que atualmente sofrem extorsão e sequestros sejam assistidas e protegidas.”

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FONTE: CSW e ANAJURE
TRADUÇÃO: Isabela Emerick

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