Uma carta conjunta ao Presidente Obama após sua visita ao encontro da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, em Inglês), em 7 e 8 de outubro, pede a ele para levantar sérias preocupações relativas às “amplas e graves violações” da liberdade de religião ou crença na região, particularmente na Indonésia e na Birmânia.
A carta, assinada pela Christian Solidarity Worldwide (CSW) e CSW-EUA, destaca a ameaça imposta à tradição de pluralismo religioso da Indonésia pelo extremismo e intolerância religiosa. “Na década passada, os incidentes de violência contra comunidades religiosas aumentaram, afetando todas as minorias, incluindo os Cristãos, Budistas e Muçulmanos Xiitas, Sufistas e Ahmadiyya, bem como fieis indígenas tradicionais”. Ao Presidente Obama é pedido que solicite ao Presidente Susilo Bambang Yudhoyono “para tomar medidas claras para proteger minorias religiosas vulneráveis, assegurar que os perpetradores de violência sejam trazidos à justiça, e seja mantido o direito de as igrejas e outros locais de culto permanecerem abertos”.
A intolerância religiosa na Birmânia é também preocupante após a irrupção da violência dos opositores ao regime de Mubarak ao longo do ano passado. “Esperamos que em nossas discussões com o presidente da Birmânia e outros líderes regionais, tratemos sobre a intolerância religiosa no país e destaquemos a necessidade de as forças de segurança nacionais agirem para evitar maior violência, interrompendo-a quando surgir, protegendo as minorias religiosas, combatendo o discurso de ódio e a incitação à violência, e promovendo diálogo inter-religioso em níveis regionais e nacionais”.
Benedict Rogers, Líder de Equipe da Christian Solidarity Worldwide (CSW) no Leste da Ásia, disse: “O Presidente Obama tem uma oportunidade única durante o encontro da APEC, e em encontros bilaterais, de prover uma voz para todos aqueles dentro da região que desejam ver a liberdade de religião ou crença protegida e promovida, bem como o combate ao ódio e à violência. Dada à sua história pessoal na Indonésia, tendo passado parte de sua infância no país, ele pode falar sobre a tradição de pluralismo religioso e harmonia da Indonésia como poucos líderes e, portanto, alertar sobre os perigos no caso de o país abandonar sua tradição e permitir que a intolerância religiosa permaneça sem ser desafiada. Está nos interesses da Indonésia e da Birmânia, a região, e dos Estados Unidos e da comunidade internacional que o Presidente faça da liberdade religiosa uma de suas prioridades durante sua visita”.
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FONTE: CSW
TRADUÇÃO: JORGE ALBERTO
