Cristãos convertidos na Província Savannakhet, em Laos, estão enfrentando ordens de despejo de suas vilas por se recusarem a renunciar suas crenças Cristãs, de acordo com relatos da organização de Direitos Humanos Human Rights Watch for Lao Religious Freedom (HRWLRF).
Durante um encontro na vila, em 21 de setembro, autoridades da vila Huay, no distrito de Atsaphangthong, determinaram que os convertidos ao Cristianismo Protestante deveriam renegar sua crença ou enfrentar expulsão. As autoridades acusaram os Cristãos de conduzir cultos coletivos em suas casas. Os Cristãos da vila têm rejeitado a ordem, afirmando que o direito deles à liberdade de religião ou crença é garantido pela Constituição do Laos.
No mês passado, um grupo de 50 Cristãos convertidos no distrito de Borikan (também conhecido como Bolikanh), Província de Bolikhamsai, recebeu um ultimato parecido. HRWLRF relata que autoridades oficiais da vila Nongdaeng convocaram representantes de 11 famílias para um encontro oficial, no qual as autoridades ordenaram que eles se reconvertessem a sua “crença tradicional” (animismo). As autoridades da vila acusaram as famílias de acreditar na religião de uma “força estrangeira Ocidental” destrutiva para a nação do Laos.
Informações recebidas pela Christian Solidarity Worldwide (CSW) indicam que esta é uma acusação comum aos Cristãos convertidos. A eles foram dados três dias para respeitar a ordem, mas eles recusaram, insistindo que a Constituição do Laos protege seu direito à liberdade de religião ou crença.
O Diretor Executivo da CSW, Mervyn Thomas, disse: “Infelizmente, o despejo forçado de Cristãos no Laos não é um problema novo. Entretanto, estes casos sugerem que os Cristãos no país estão cada vez mais conscientes de seus direitos pela Constituição, e estão começando a evocá-los em discussões com as autoridades. Como parte da Convenção Internacional sobre Direitos Políticos e Civis, o Laos tem por obrigação proteger o direito à liberdade de religião e crença. Nós pedimos ao governo que sustentem este direito e proteja as minorias religiosas de violações tanto por agentes estatais quanto não estatais”.
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FONTE: CSW
TRADUÇÃO: JORGE ALBERTO