Milícias sitiam cidade nas Filipinas e matam 9 cristãos

Filipinas. WWM


Na terça-feira (23 de maio), nove cristãos foram mortos a tiros por militantes islâmicos na cidade de Marawi, no sul das Filipinas. Segundo o site de notícias local GMA News Online, os moradores afirmaram que os nove corpos foram retirados de um caminhão e deixados em um campo. Eles estavam com as mãos amarradas e com muitas perfurações de balas em seus corpos.

O fato aconteceu após a cidade haver sido sitiada por terroristas que incendiaram prédios e ergueram bandeiras negras do Estado Islâmico. Afirma-se ainda que outros 14 cristãos, entre eles um padre católico, estão sendo mantidos presos pelos islâmicos.

Uma fonte local disse ao World Watch Monitor que “na localidade, as pessoas estão pedindo orações”. E ainda: “Os moradores estão sendo ameaçados. Eles dizem que as casas estão sendo invadidas e que as mulheres que não estão usando hijabs estão sendo levadas. As bandeiras pretas estão erguidas sobre um carro de polícia e um hospital. Nas mídias sociais há pedidos de ajuda e prints de textos de parentes presos. Um dos post diz que as pessoas devem recitar a profissão islâmica de fé quando solicitado, ou ser morto.”

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, reagiu ao ataque cancelando uma visita à Rússia e impondo 60 dias de lei marcial em toda a região de Mindanao, onde Marawi está situada. A lei marcial dá mais poder aos militares, incluindo sua capacidade de deter pessoas por longos períodos sem acusação. Rodrigo jurou ir de frente com os extremistas: “Qualquer um agora segurando uma arma, confrontando o governo com a violência, minha ordem é não poupá-lo. Vamos resolver os problemas de Mindanao de uma vez por todas.”

É a segunda vez que essa lei foi imposta nas Filipinas desde a queda do ex-presidente Ferdinand Marcos em 1986. Grupos de direitos humanos e líderes religiosos criticaram a decisão do presidente, chamando-a de “desnecessária” e advertindo que ela “inevitavelmente resultaria em operações militares intensificadas, incluindo ataques aéreos que podem matar e afetar centenas de civis”.

Embora as Filipinas seja um país majoritariamente cristão, a região de Mindanao tem uma forte presença muçulmana e é o lar do grupo Maute, que deriva de um violento movimento islâmico denominado Frente Moro de Libertação Nacional, que procurou a independência por décadas, na esperança de criar um estado islâmico independente.

Afirma-se que por trás do caos dos últimos dias está Isnilon Hapilon, líder local do grupo Abu Sayaff,  marcado como o chefe da ISIS nas Filipinas. Os militares dizem que as coisas estão no controle agora e nega que o ISIS estava envolvido, dizendo que o grupo local de Maute estava causando estragos apenas para chamar a atenção dos estrangeiros.

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Com informações do World Watch Monitor
Por: Redação l ANAJURE

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