É uma estratégia de comunicação que se repete uma vez e outra – há décadas, se busca um caso sólido, de drama pessoal para, explorando a sensibilidade e emotividade geral, evitar um debate racional e propor a legalização do aborto.
Aos espanhóis, que pretendem aproveitar o caso de Beatriz, cabe pedir um pouco de respeito a esta mulher e que não manipulem sua história e sua vida para essas causas políticas.
A constatação do superior tribunal Salvadorenho expõe publicamente que se está manipulando a opinião pública internacional mostrando um risco de morte iminente que parece não existir, segundo o que constata a Corte Suprema.
O Fórum da Família, frente às manipulações que alguns meios de comunicações e porta-vozes do aborto estão fazendo, reafirma o absoluto compromisso tanto com o direito à vida e saúde da mulher como com o direito à vida do não nascido.
Madrid 31 de maio de 2013,
Há uns dias foi aos meios de comunicação de El Salvador e de todo o mundo o caso de uma jovem grávida, Beatriz, que foi supostamente diagnosticada de lúpus e seu bebé de anencefalia. As organizações a favor do aborto estão – mais uma vez -, manipulando o drama e a dor de uma mulher para tentar pressionar um país a legalizar o aborto. Desta vez é El Salvador e a vitima é conhecida como Beatriz: não se sabe com exatidão o diagnóstico médico da situação dela, mas se sabe que está rodeada de ativistas pró-aborto que falam por ela e tentam manipular sua história para impactar a opinião pública local e internacional a favor do aborto.
Para o presidente do Fórum da Família, Benigno Blanco, “é uma estratégia de comunicação que se repete uma vez ou outra – há décadas -, tanta na Europa – na Irlanda acaba de se desenvolver uma campanha similar-, como nos países de outros continentes que matem leis protetoras da vida: se busca um caso sólido, de drama pessoal para, explorando a sensibilidade e emotividade geral, evitar um debate racional, propor a legalização do aborto apresentando os defensores da vida como “quadrados”, obscurantistas, desumanos e opostos à vida da grávida”.
Para o Fórum da Família vale a pena levar em conta alguns critérios para este debate, como os seguintes:
a) Acabar diretamente com a vida do não nascido não é aceitável eticamente, seja qual for à finalidade subjetivamente perseguida. Embora deva esclarecer que, se de verdade, se dessa suposição de ter que escolher entre uma vida e outra, esta conduta nunca foi sancionada penalmente em nenhum país civilizado, pois concorreria com o que se chama, na tradição jurídica espanhola, estado de necessidade. Este é um caso concreto onde se vê, com claridade, que a moral é mais exigente que o direito.
b) O direito à vida da criança ainda por nascer não diminui porque padece de enfermidade ou incapacidade, por mais graves que estas sejam. No caso da atualidade se diz que a criança padece de anencefalia; por ser assim, essa criança tem o mesmo direito de não ser eliminado como qualquer um de nós, embora sua esperança de vida após o nascimento seja mínima.
c) Se de verdade o lúpus e demais circunstancias médica da mãe recomendam tratamentos agressivos para sua cura, é legitimo e ético aplicar estes tratamentos, ainda que seu efeito indireto possa ser a morte da criança. É eticamente aceitável curar a mãe, ainda que tal tratamento possa, eventualmente, afetar a vida do filho; mas não é eticamente aceitável eliminar a criança para, eventualmente, salvar a mãe.
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Fonte: Foro de la Familia
Tradução: ANAJURE