Meninas cristãs próximas a uma tenda onde está escrito:"Jesus é a Luz do mundo". Erbil, Iraque l FONTE: Open Doors International
A até então segura cidade de Erbil tem visto milhares de refugiados Cristãos chegarem ao longo dos últimos meses e contando com a igreja para local de refúgio. Mas como as igrejas locais estão lidando com isto?
Na igreja católica caldeu de Mar Elia, no subúrbio de Ankawa, o sacerdote Padre Douglas consegue continuar a vida da igreja em meio a um mar de tendas de refugiados. Ele sabe o que é experimentar um trauma, tendo ele próprio sobrevivido ao ser sequestrado.
O salão do templo ainda é um santuário: orações da manhã são realizadas todos os dias às 10 da manhã e a vida da igreja continua com missas, casamentos e funerais. Mas em volta da igreja existe uma coleção de tendas cinzas, marrons, brancas e verdes – doadas por uma variedade de organizações. As tendas tornaram-se lar para 700 famílias de Mosul, Karamlesh, qarakosh e outras vilas Cristãs na planície de Nínive.
“Nós não chamamos isso de acampamento, nós o chamamos de centro,” explica Douglas. “Nós queríamos ter certeza de que as pessoas que deixassem suas casas e viessem para cá se sentissem bem-vindas. Nós as tratamos como hóspedes, onde gostamos de compartilhar a vida e onde possam se sentir seguros e tranquilos.”
O centro tem coletado ‘convidados’ de todos os tipos de origens religiosas: os católicos caldeus refugiados estão acampando ao lado de seus vizinhos da Igreja Assíria do Oriente. Os assuntos da igreja, bem como atender às necessidades dos refugiados, agora são compartilhados entre o Padre Douglas e sua novo colega, Padre Daniel.
Padre Daniel destaca que nessas circunstâncias a igreja deve, por questões práticas, estar unificada. “Nesse momento nossas diferenças não importam muito. Nós estamos unidos em Cristo e em nossas crenças compartilhadas.”
O sentimento é compartilhado pelo Padre Douglas, cuja história pessoal de viver em Bagdá, sobrevivendo a explosões, carros-bombas, ataques a igreja e até sequestro o ensinaram a aceitar as dificuldades, receber a graça de Deus e a perdoar. Agora, esta força interior é algo que ele está ansioso para passar adiante: “Embora não saibamos o que o futuro trará, nós queremos especialmente ensinar as crianças a nunca desistir, não apenas reviver a dor das gerações mais velhas, mas para crescer forte, para serem líderes na sociedade e ter a coragem de acreditar que eles podem fazer impacto. Cristãos são o sal de qualquer sociedade."
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FONTE: World Watch Monitor
TRADUÇÃO: Isabela Emerick l ANAJURE