Rev. Augustus Nicodemus, presidente do Conselho Consultivo da ANAJURE, fala sobre o tema da prostituição no Brasil.

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O presidente do Conselho Consultivo da Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE, Rev. Augustus Nicodemus, manifestou-se por meio de sua conta no Facebook a respeito do projeto de lei apresentado pelo deputado Jean Wyllys que quer a regulamentação da prostituição no Brasil.

Segundo Wyllys declarou ao UOL, o projeto visa atender às reivindicações do movimento político das prostitutas que existe desde os anos 70 e 80. Além disso, o deputado, que é ativista homossexual, e diz defender o direito das minorias sociais, afirmou ao portal IG que 60% da população masculina do Congresso Nacional se utiliza dos serviços de prostitutas.

O Rev. Nicodemus cita passagens bíblicas que classificam a prostituição como pecado, sendo “proibida ao povo de Deus no Antigo Testamento”. Ele cita as situações em que a prostituição era terminantemente proibida: “um pai não podia obrigar sua filha a se prostituir para ajudar na renda da família (Lv 19:29). Um sacerdote não poderia se casar com uma mulher que fosse prostituta (Lv 21:7,14) e uma filha de sacerdote que se prostituísse desonraria o sacerdócio do pai (Lv 21:9). Nenhuma mulher das que servia no templo poderia se prostituir (Dt 23:17) e o dinheiro obtido pela prostituição não poderia ser trazido como oferta a Deus (Dt 23:18)”.

Apesar de Jesus incluir a prostituição entre os pecados que brotam do coração corrompido do homem, e do apóstolo Paulo a incluir entre as obras da carne e parte de nossa natureza pecaminosa, o proeminente teólogo ressalta que as prostitutas não estão fora do perdão e da salvação, mediante o arrependimento e a fé. Citando a famosa prostituta Raabe (Js 2:1), ele menciona o dito de Jesus de que “meretrizes arrependidas entram no Reino de Deus em contraste com os religiosos endurecidos de seus dias (Mt 21:31-32)”.

O conselheiro da ANAJURE pontua ainda que os cristãos não podem dar seu aval a um projeto que regulamente a prostituição como uma profissão reconhecida e legítima. “Para nós, mesmo que fatores sociais e econômicos sejam trazidos como argumentos para justificar a prostituição, sempre será um pecado diante de Deus, uma manifestação da natureza corrompida do ser humano”, explica.

Ele prossegue dizendo que o arrependimento, tanto das referidas prostitutas, quanto dos que se utilizam de seus serviços, é necessário para uma mudança de vida operada pelo poder do Evangelho. O Reverendo Augustus ainda observa, não obstante, que as igrejas deveriam oferecer serviços de apoio para que aqueles que desejam mudar de vida a fim de que possam buscar seu sustento de modo digno.

Segundo uma pesquisa feita pelas organizações Plan International e Overseas Development Institute, a crise econômica global elevou a mortalidade infantil de meninas e levou mais mulheres a sofrer abusos ou a passar fome. Desde o início da crise global, muitas meninas foram levadas pela própria família à prostituição, como forma de aumentar o orçamento doméstico, estando sujeitas com isso à gravidez precoce, expostas a doenças venéreas e a toda sorte de violência e abuso sexual.

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