No próximo dia 15 de março, fará oito anos desde o início dos protestos contra o presidente sírio Bashar Al Assad. As manifestações, que inicialmente eram pacíficas, como parte da chamada “Primavera Árabe”, resultaram em uma grave guerra civil, marcada pela intervenção de diversas potências internacionais e o surgimento de grupos terroristas, como o Estado Islâmico.
Em virtude do conflito, cerca de meio milhão de pessoas foram mortas e outras onze milhões foram forçadas a deixarem suas casas. Dentre elas, cinco milhões tornaram-se refugiados em países vizinhos no Oriente Médio e seis milhões permanecem como deslocados internos dentro da Síria. A guerra é considerada, portanto, uma das maiores tragédias humanitárias do século XXI.
Nos últimos dias, o governo sírio tem reconquistado grande parte dos territórios que haviam sido controlados por facções rebeldes e grupos radicais islâmicos. Ainda assim, porém, o futuro do país parece ser bastante incerto, sobretudo diante das acusações de que Assad cometeu crimes contra a humanidade ao fazer uso de armas químicas contra a população civil do país. Para piorar, em dezembro de 2018, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada completa das tropas estadunidenses da Síria, situadas próximas à fronteira com a Turquia. A decisão, no entanto, coloca em risco a vida de milhares de cristãos, curdos e outras minorias étnicas e religiosas que temem ser atacadas pelas forças do exército turco.
Diante disso, cristãos do mundo todo têm conclamado um “jejum de Ester” entre os dias 1 a 3 de março em prol da Síria e do futuro do Oriente Médio. A campanha de oração, iniciada por cristãos israelenses, é uma referência ao relato bíblico do livro de Ester, em que é proclamado um jejum de três dias a fim de evitar um genocídio do povo judeu na Pérsia, na época do Antigo Testamento.
Nesse sentido, a ANAJURE, que nos últimos anos tem acompanhado de perto o desenrolar do conflito, com vários projetos de ajuda humanitária e acolhimento de refugiados sírios, pede aos cristãos brasileiros que orem pelos seguintes motivos:
a) Que a Guerra Civil Síria finalmente chegue ao fim e a justiça seja estabelecida no país;
b) Que Deus dê sabedoria aos chefes políticos, diplomatas e formuladores de política externa para que encontrem a melhor solução para a Síria e os refugiados;
c) Pelos migrantes forçados sírios, para que eles possam voltar em segurança para suas casas e reconstruírem suas vidas com dignidade;
d) Para que o Evangelho seja pregado com fidelidade e o nome de Jesus seja exaltado em todo o Oriente Médio.