Cristã iraniana que cumpriu recentemente uma pena de quatro anos de prisão por “violar a segurança nacional” afirma que foi proibida de deixar o país por seis meses.
Maryam Naghash Zargaran, 39, foi enviada para a prisão de Elvin, Teerã, em Julho de 2013 e liberta em 1 de Agosto deste ano (Veja aqui). Durante o período em que ficou na prisão, ela realizou várias greves de fome para protestar contra a falta de tratamento médico para seus problemas de saúde. Ela também diz que foi prescrita uma medicação antipsicótica desnecessária.
Ano passado, a Amnistia Internacional se referiu ao caso de Nagash considerando a negação da assistência médica em prisões do Irã, como “cruel”. Poucas foram as ocasiões em que Maryam foi autorizada a deixar a prisão temporariamente para receber tratamento. Contudo, ela sempre era obrigada a retornar antes que o tratamento pudesse ser concluído. Sua sentença foi estendida por mais seis semanas para compensar o tempo que ela passou fora da prisão. (Veja aqui).
“Ninguém consegue imaginar o quanto eu sofri durante os momentos precedentes à minha liberdade.” Disse ela ao Centro de Direitos Humanos no Irã (CHRI, sigla em inglês). “Estava programado para que eu saísse às 15 horas. Estava feliz até os cinco minutos antes das três horas, pois foi quando as autoridades me disseram que eu teria que ir ao tribunal. Faltavam poucos minutos para que eu visse minha família, que estavam do lado de fora do portão da prisão esperando por mim.”
Nagash foi levada ao tribunal da prisão de Elvin para ouvir o testemunho da equipe médica da prisão que a acusou de insultá-los durante uma de suas visitas à clínica. Afirmaram que ela estava gritando feito uma louca.A verdade era que ela havia ido à clínica da prisão para tratar um problema no joelho, mas o médico recusou-se grosseiramente a vê-la. Assim, a mesma disse ao médico, que também é lutador, que a clínica não era um ringue de luta livre. Foi por esse motivo que ela foi processada por supostamente insultar a equipe da clínica da prisão.
“Eles só queriam criar problemas e me assustar. Com a conclusão da minha sentença, não há nenhuma razão para eu ser proibida de viajar para o exterior. É contra a lei. Eu quis ir na frente da prisão e sentar-me lá em protesto até que a proibição fosse removida, mas eu estava preocupada com o que aconteceria com minha família “.
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Fonte: World Watch Monitor
Por: Redação l ANAJURE