Autoridades exigem que a Catedral de Córdoba, hoje é utilizada como centro turístico e para culto católico, se torne um edifício de uso e utilidade civis. A medida preocupa cristãos e líderes na Espanha, pois eles temem que a medida se fortaleça e seja repetida em todo o país.
Uma decisão em fase inicial tem preocupado muitos cristãos na Espanha. Um grupo de pessoas influentes da cidade de Córdova, no Estado de Andaluzia, busca desapropriar a Catedral de Córdoba, que é utilizada pela igreja católica há vários séculos, para que se torne um espaço de utilidade pública. Os cristãos temem que esse procedimento possa ser repetido em todo o país e buscam reforço para que tal medida seja firmemente combatida.
De acordo com o líder religioso, Miguel Vidal, a questão iniciou-se quando a Delegada do Conselho na cidade, Isabel Ambrosio, pediu um "parecer jurídico" sobre a propriedade do patrimônio. “Ela informou que fará tudo o que puder para que o monumento histórico se torne uma propriedade pública, mas será que ela não sabe a quem pertence o lugar? O conselho afirma que a catedral não pertence ao templo católico e querem tomá-lo. Eles vão apropriar-se de prédios inteiros”, afirmou o líder.
Segundo Miguel, os cristãos no país vivem um assédio tão significativo que até os menos informados não conseguem ignorar a realidade. A medida tomada com relação à Catedral de Córdova é um exemplo desta operação que busca apropriar-se das igrejas e tirar os cristãos da vida pública. “Os líderes e papas tem alertado repetidamente que pessoas influentes na região desejam nos expulsar completamente da sociedade. No momento, a Espanha tem sofrido uma média de um ataque contra a liberdade religiosa a cada dois dias e meio”, explicou.
Ainda segundo o clérigo, um vergonhoso e tendencioso relatório da ONU (Organização das nações Unidas) acusou a Igreja Católica de ser uma fábrica de Pedófilos e tem atacado bispos e sacerdotes da igreja. O governo “aparentemente democrata”, por sua vez, afirma que a catedral não pertence à igreja Católica e busca expropriá-la. “Desde meados do século VI, a Catedral de Córdova pertence à Igreja e aos fiéis dentro dela e só a força das armas cortou seus direitos sobre o templo. Agora eles querem voltar para usurpar esse direito com truques e mentiras”, afirma.
Miguel Vidal solicita que a sociedade pare e reaja para que seja evitado que outros nomes mais fortes entrem no jogo, como as cúpulas de alguns partidos, e o presidente da Junta da Andaluzia.
Acompanhe a história da igreja:
Ano 550 ( aprox.) – No lugar onde você vai encontrar a catedral atual, era construída uma basílica visigótica consagrada a São Vicente.
Ano 714 – O militar muçulmano Musa Ibn Nusair, que fazia parte do contingente armado que invadiu a Península, ordenou que metade da Basílica de São Vicente, conquistado pela força das armas , fosse dedicado aos ritos islâmicos.
Ano 786 – Invasores muçulmanos decidiram apropriar-se de toda a basílica, suprimiram o culto cristão, destruiram o templo e construiram uma mesquita em suas ruínas.
Ano 1236 – O rei Fernando III recapturou Córdoba e recomenda que o culto cristão seja reestabelecido na mesquita. Ele então deu a titularidade deste templo para a Igreja.
Ano 1523 – A basílica cristã foi construída no centro da mesquita.
Ano 2014 – O conselho de Andaluzia afirma que a Igreja se apropriou de um monumento que não lhe pertence .
O grupo que busca se apropriar da mesquita é formado por:
Isabel Ambrosio – delegada do Conselho em Córdoba, um membro do PSOE . Ela pede um "parecer jurídico" sobre a propriedade do patrimônio.
Diego Valdez – vice-presidente da Junta de Andaluzia, membro do Partido Comunista da Espanha. Ele disse que "a denominação que parece mais correta para a Mesquita – Catedral de Córdoba deve ser ‘patrimônio Público’ e não, uma propriedade exclusiva da Igreja Católica".
Antonio Manuel Rodriguez – porta-voz para a plataforma "Salve a Mesquita de Córdova", uma organização que algumas fontes descrevem como uma 'cobertura para os interesses mulçumanos no país' e afirma o templo que pertencer a igreja católica "prejudica a imagem e significado" da Catedral.
Antonio Gala, Federico Mayor Zaragoza , Benito Zambrano e Manolo Sanlúcar , entre outras personalidades populares também contribuem para o fortalecimento desta medida na mídia.
Para obter mais informações sobre o assunto e participar da assinatura contra a medida, clique aqui
___________________________________
Por: ANAJURE l Press Officer – Angélica Brito