[Em Minya, no sul do Cairo, 15 igrejas coptas foram fechadas (Foto: Open Doors International]
Os coptas na aldeia de Ezbat Al-Forn, estado de Minya, tiveram sua igreja reaberta depois que foram forçados a fechar “por razões de segurança” no mês passado. Em comemoração a isso, eles celebraram uma missa no domingo de manhã, 10 de setembro, – no mesmo dia que outra igreja da vila reabriu.
A primeira missa na Igreja Ortodoxa de Sanuta Maria e São Miguel, que se reúne em uma casa de propriedade da Diocese, foi liderada pelo padre Daniel Babawy com a presença das forças policiais de Minya para garantir segurança, devido ao medo de represálias da comunidade muçulmana, como relatado pelo site de notícias copta Watani. Contudo, alguns muçulmanos visitaram os coptas para felicitá-los pela reabertura de sua igreja.
A comunidade de 400 cristãos coptas da vila de Ezbat Al-Forn foi impedida pela polícia de continuar a missa dominical e proibida de ficar nas instalações da igreja, no domingo 20 de agosto. A polícia disse que os coptas, que estavam se encontrando em uma casa, não tinham licença para usar a residência para praticar ritos religiosos, mas o relatório oficial da polícia mostra que a decisão foi tomada após as queixas dos muçulmanos locais.
Em 21 de agosto, após o fechamento de sua igreja, os coptas protestaram pacificamente pelas ruas da vila para celebrar uma festa de seu calendário religioso.
De acordo com o site Watani, a comunidade copta na aldeia de Kidwan – também em Minya – também teve a reabertura de sua igreja no domingo passado. Como a igreja da aldeia em Ezbat Al-Forn e muitos outros locais de culto copta, os coptas em Kidwan se encontram em um edifício sem licença, que havia sido usado para a adoração por vários anos antes que as autoridades locais o fechassem, sob o pretexto de que os muçulmanos locais ameaçavam agir com violência.
Em uma declaração emitida no mês de agosto, Anba Macarius, Bispo Geral da Minya, expressou sua desilusão “no fracasso das negociações com as autoridades de segurança em Minya para reabrir as igrejas fechadas por ordem de segurança” porque as igrejas não tinham segurança ou eram consideradas ofensivas aos muçulmanos e, portanto, uma ameaça à harmonia social.
Muitas igrejas foram fechadas em Minya nos últimos anos. Recentemente, o bispo Macarius disse que sua paróquia, que inclui apenas a cidade de Minya e seus arredores imediatos, tinha 15 igrejas fechadas por ordem de segurança e 70 aldeias e aldeões ficaram sem nenhum lugar para realizar culto cristão.
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Fonte: World Watch Monitor
Por: Redação l ANAJURE