Na noite de Natal, um grupo de feministas radicais interrompeu a Missa do Galo na Igreja de São Félix, de Sabadell (Barcelona), com gritos, blasfêmias e cartazes a favor do aborto. Ocuparam o altar e impediram o sacerdote e os fiéis seguir com o trabalho.
Houve momentos de muita tensão, e somente o bom juízo da comunidade paroquial evitou um desfecho pior da provocação intolerante.
Foi o arranque de uma nova onda de violência contra igrejas, colégios e centros benéficos católicos na Espanha:
* 27 de dezembro, um albergue para pessoas necessitadas, administrado por uma comunidade religiosa, amanheceu cheio de pinturas blasfemas e indecentes, em Vigo.
* Em 31 de dezembro, vários colégios religiosos e igrejas de Málaga foram atacadas com novas pinturas ofensivas contra Maria e a favor do aborto livre.
* A madrugada de 5 de janeiro foi de ataques contra quatro igrejas em Sevilha.
* A porta da igreja de Santa Marina foi borrifada com liquido inflamável e incendiada. O fogo se propagou pelos utensílios do templo. A rápida intervenção dos bombeiros evitou consequências devastadoras para o patrimônio e para o sentimento religioso dos sevilhanos.
* Outras três igrejas de Sevilha foram atacadas durante a mesma noite de 5 de janeiro com pinturas a favor do aborto e cheias de expressões de ódio ofensivos, blasfemas e grosserias.
Os sinais de uma escalada da violência organizada contra os símbolos, o patrimônio e a liberdade dos católicos vêm se manifestando durante muitos anos.
Surgiram durante os mandatos do anterior presidente, José Luis Rodríguez Zapatero, instigados por suas instruções e slogans guerra civil e por suas iniciativas para restringir a liberdade religiosa na Espanha, particularmente, a liberdade dos cristãos.
A violência e o ódio contra cristãos conheceu um dramático aumento em 2013:
* Em fevereiro, a policia chegou a tempo de desativar um artefato explosivo colocado na Catedral de Nossa Senhora da Almudena, em Madri. Havia pólvora, um quilo de prego e um detonador deixado na sacristia, pronto para explodir e causar uma desgraça.
* Em 2 de outubro, uma bomba explodiu na Basílica do Pilar, em Zaragoza, enquanto ela era visitada por um grupo de escolas. De novo, a sorte ou a Providência evitaram uma catástrofe.
Os autores da maioria destes ataques ficaram impunes. E em nenhuma destas ações se incomodaram em esconder-se. Ao contrário. Gravaram tudo em vídeo e postaram na página na web de sua organização radical, Justa Revolta, orgulhando-se de sua violência.
Em nome do artigo 16 da Constituição espanhola
A liberdade religiosa e de culto é um dos direitos fundamentais dos espanhóis, garante o artigo 16 da Constituição. Por que nossos representantes políticos não nos protegem frente aos intolerantes e violentos?
No dia 11 de setembro de 2013, um grupo de extremistas atacou a Delegação da Genarilidade de Catalunha em Madri, e várias pessoas agredidas, entre elas deputados que haviam assistido a esse ato. A detenção dos autores se deu em questão de horas e no dia seguinte, o Congresso adotou uma resolução de condenação.
São os católicos cidadão de segunda? Nós cidadão exigimos a mesma firmeza e a mesma rapidez em proteger nossas liberdades.
Me preocupa o aumento da violência contra católicos que estamos voltando a ver na Espanha. Fiz as contas e me saem dez ataques, alguns muitos violentos e perigosos, contra igrejas, colégios e centros religiosos, desde a passada noite de Natal.
E me preocupa ainda mais, e me indigna, a impunidade dos violentos e de nossos representantes políticos ante estes ataques a nossa liberdade.
Quero ir a uma igreja com minha família e me sentir seguro. Não quero ver como agridem as imagens e os símbolos que expressam minha fé. Não estou disposto a que nenhum intolerante violento me impeça, eu e minha família, de viver nossa fé. Não quero que em meu país, ninguém fira os sentimentos religiosos dos demais sem que tenha consequências penais. Quero que em meu país se proteja a liberdade religiosa e de culto, como ordena o artigo 16 da Constituição.
Por: Miguel Vidal e toda esquipe MasLibres.org
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FONTE: http://www.hazteoir.org/
TRADUÇÃO: SAMARA RUANA