Benigno Blanco solicita aos defensores do aborto rigor intelectual para falar do não nascido e que não manipulem a mulher grávida, ocultando e menosprezando seus problemas e os dramas associados ao aborto.
“A estratégia de comunicação dos defensores do aborto nesta semana, liderada e condicionada por meios como El País, é um desafio a qualquer amante da sociedade livre”.
“Não só está em jogo o direito à vida, mas também o direito – imprescindível para uma sociedade democrática – a um debate público verdadeiro, em que se maneje informação real sobre os bens em jogo e onde se valorizem e analisem todos os bens e interesses em conflito”.
O presidente do fórum da família solicita:
Aos defensores da vida: que se mostrem a favor da criança não nascida, e que sejam solidários com as mulheres grávidas e seus problemas.
As mulheres: que se rebelem contra quem quer manipulá-las para promover leis que as deixaram sós ante o aborto e suas consequências.
A todos: que não manipulem este debate.
Aos meios de comunicação: que sirvam à verdade das coisas e não manipulem seus leitores.
Ao Governo: que ponha de uma vez, já, urgentemente, um projeto de lei em cima da mesa e deixe de amolar a perdiz.
Madrid 24 de maio de 2013.
– Em relação a campanha a favor do aborto que famosos, pequenas celebridades e lideres políticos da esquerda desenvolveram estes dias, o presidente do fórum da família, Benigno Blanco, realizou as seguintes manifestações:
A – Já está muito clara a estratégia de comunicação dos defensores do aborto no debate sobre a proposta de reforma liderada por Ruíz-Gallardón: alcançar que não se fale do não nascido nem se pense nele, como se não existisse, como se o aborto não consistisse em por fim a sua vida, impedindo que se chegue a nascer; e ao mesmo tempo – e como consequência -, alcançar que se receba o aborto como uma decisão da mulher em que não está implicando nenhum outro bem que a liberdade desta.
Exemplo paradigmático desta estratégia de manipulação da opinião pública é o vídeo distribuído ontem, no qual mais de 50 famosos defendem o aborto sem se referir, nem uma só vez, ao não nascido, aos dramas e problemas da mulher que só, está subjacente após todo aborto. Com esta manipulação da realidade a defesa do aborto, resulta uma evidência: em efeito, se o aborto não supusesse a destruição de uma vida humana em suas primeiras fases de desenvolvimento e se, portanto, não tivesse nenhuma relevância e não respondesse a nenhum problema real da mulher, sendo só um impulso a liberdade, o aborto não deveria estabelecer nenhum problema a ninguém nem interessar ao legislador.
B – O problema é que esta forma de afrontar o aborto é uma grande mentira que oculta e afasta a realidade das coisas: todo aborto é uma criança que não chega a nascer porque foi destruída antes e é uma mulher que resolve um problema real de uma forma profundamente injusta.
C – A dupla mentira subjacente a esta forma de defender o aborto, coloca em público varias coisas relevantes: 1º) para defender o aborto tem que mentir e ocultar a realidade em que consiste; 2º) esta defesa do aborto implica uma expressa vontade de enganar, ocultando e distraindo a atenção de sua realidade objetiva; 3º) os defensores do aborto que seguem esta estratégia (como os 50 famosos do vídeo) decidiram – por razões que não nos explicaram nem querem nos explicar -, que a criança a nascer não deve ser levada em conta, que não merece nem consideração nem sequer como um dado a avaliar; 4º) para estes defensores do aborto, a mulher real e seus problemas são mercadoria sem valor a serviço de seus interesses ideológicos; tratam a mulher como se para ela o aborto fosse, sem mais, um irrelevante exercício da liberdade, alheio a seus problemas pessoais e a sua responsabilidade como mãe de uma criança em suas entranhas.
D – Ao serviço desta estratégia de manipulação da opinião pública, os defensores do aborto sugerem, inclusive, que se referir ao não nascido é um atentado e desconsideração com a mulher grávida. Esta forma de apresentar o problema supõe um profundo desprezo a mulher por parte dos defensores do aborto, pois implica supor que a grávida não é capaz de fazer cargo da realidade das coisas, da realidade da vida que cresce em seu ventre; e tem que protegê-la diante deste dado, negando-o.
E – Quando Elena Valenciano – Com a astúcia de analise intelectual que a caracteriza – disse que às mulheres não pode se impor nada, pois elas são as que dão vida, aparenta desconhecer que o que se discute é precisamente se também podem acabar com essa vida que acolhem.
O presidente do Fórum da Família, Benigno Blanco, concluiu afirmado: “A estratégia de comunicação dos defensores do aborto nestas semanas, liderada e condicionada por meios como El País, é um desafio a qualquer amante da sociedade livre, pois se um debate tão relevante como o da proteção do direito à vida resolvesse sobre a base da aceitação da mentira e a manipulação dos dados do problema, nossa sociedade múltipla perderia força e solidez. Não somente está em jogo o direito à vida, mas também o direito – imprescindível para uma sociedade democrática – a um debate público verdadeiro, em que se maneje informação real sobre os bens em jogo e onde se valorizem e analisem os bens e interesses em conflito.
O presidente do Fórum da Família pediu:
– Aos defensores do aborto: que tenham a honestidade intelectual de falar do não nascido e das razões, pelas quais creem que sua vida não merece nenhuma proteção jurídica. E que não manipulem a mulher grávida, ocultando e menosprezando seus problemas e os dramas associados ao aborto.
– Aos defensores da vida: que mostrem ao não nascido, sua realidade como um de nós, aquele sobre cuja vida estamos discutindo. E que sejam solidários com a mulher grávida e seus problemas, frente ao abandono e ocultação que promovem os defensores do aborto.
– As mulheres: que se rebelem frente a quem quer manipulá-las para promover leis que as deixaram sozinhas ante o aborto e abandonadas ante seus problemas, oferecendo só o drama do aborto e suas consequências.
– A todos: que não manipulem este debate a serviço de causas de poder e protagonismo pessoal ou corporativo, de interesse econômicos ou ideológicos, pois estamos falando de algo muito sério.
– Aos meios de comunicação: que sirvam a verdade das coisas e não manipulem seus leitores, ouvintes ou espectadores, ocultando deles informações verdadeiras e relevantes como a existência de vidas em jogo.
– Ao Governo: que ponha de uma vez, já, urgentemente, um projeto de lei em cima da mesa e deixe de amolar a perdiz.
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Fonte: Foro de la Familia
Tradução: ANAJURE