As Cristãs Iranianas Maryam Jalili e Mitra Rahmati foram libertas da Prisão Evin, seis semanas antes da pena de dois anos e meio ter sido concluída. As mulheres estavam entre os onze prisioneiros a serem soltos; entre os quais está o proeminente advogado de direitos humanos, Nasrin Sotoudeh e o político reformista, Mohsen Aminzadeh.
Maryam e Mitra, ambas convertidas do Islamismo, foram presas na véspera de Natal em 2009, junto com outros 13, depois de uma invasão por funcionários do governo em uma igreja no lar em Pakdasht, a sudeste de Teerã. Enquanto a maioria dos outros foram liberados logo depois de serem presos, as duas mulheres foram detidas até 17 de março de 2010, quando foram liberadas temporariamente. Elas foram presas novamente em abril de 2011 e condenadas por "participação em um grupo ilegal".
Durante a campanha presidencial, o presidente Rouhani, visto como um moderado e pragmático, prometeu defender os direitos das mulheres e das minorias religiosas e libertar os presos políticos. O presidente também se comprometeu a criar uma “carta de direitos civis", que garantiria a igualdade sem discriminação de raça, religião ou gênero.
Uma investigação do jornal The Guardian descobriu que há cerca de 800 prisioneiros políticos e de consciência no Irã, incluindo jornalistas, advogados, ativistas de direitos humanos, feministas, sacerdotes cristãos, clérigos Sunitas e líderes Bahá'ís.
Mervyn Thomas, diretor executivo da Christian SolidarityWorldwide (CSW), disse: "A CSW saúda a libertação de Maryam Jaiili e Mitra Rahmati, Nasrin Sotoudeh e os outros prisioneiros. Embora este passo positivo por parte do governo Iraniano deva ser elogiado, ele não é suficiente, dado o grande número de presos políticos e de consciência. A CSW continua pedindo a libertação incondicional de todos os prisioneiros, incluindo Farshid Fathi,Benham Irani, Saeed Abedini, Shahin Lahooti, os sete líderes Bahá'í, e outros que pertencem a minorias religiosas e foram detidos injustamente".
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FONTE: CSW
TRADUÇÃO: TÉRCYO DUTRA