Na última segunda-feira (25 de Setembro) curdos iraquianos foram às urnas para votar sobre a opção de se tornar um estado independente do Iraque. 92,76% dos votos foram um “sim” à pergunta na cédula de votação: “Você quer que o Curdistão e as áreas fora da sua administração se tornem livres do estado?”
Diante da existência de uma oposição ao plebiscito no Oriente Médio, vindo prioritariamente de Bagdá, segundo informações da Veja, o presidente dos curdos no Iraque, em transmissão televisiva, pediu a Bagdá “que não feche a porta ao diálogo”. Segundo ele, o referendo não tinha como foco “delimitar a fronteira (entre Curdistão e Iraque) nem fazer uma imposição ‘de fato’, já que a votação era apenas uma forma de marcar o início dos diálogos com os iraquianos sobre o fato.
O temor do governo central do Iraque e de outros países, como Turquia e Irã, é que a independência dessa região tenha um efeito dominó entre as minorias curdas de seus respectivos países. O secretário executivo do ANAJURE Refugees, Igor Sabino, mestrando em Relações Internacionais, diz que o grande problema é se o Curdistão for invadido e houver embargo econômico. Inclusive, é um problema que afetará todos na região, não apenas os cristãos.
Medidas têm sido tomadas para evitar o avanço da proposta de independência dos curdos iraquianos, entre eles o pedido por parte de Bagdá à comunidade internacional para que os governos encerrem suas ações diplomáticas no Curdistão, além de uma suposta ameaça de fechamento do oleoduto que fica na área curda, por parte da Turquia, antes mesmo do plebiscito ter sido finalizado.
Uma fonte disse ao World Watch Monitor que, antes da votação, alguns dos cristãos da área estavam divididos na decisão do voto, e alguns ainda temiam que o plebiscito pudesse desencadear outra guerra civil.
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Fontes: WWM, Veja, El país Brasil, Reuters
Foto: AFP
Por: Redação l ANAJURE