Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) fez do 25 de novembro um o dia separado para, internacionalmente, nos dedicarmos à eliminação da violência contra as mulheres. Nós da ANAJURE nos somamos a esse movimento, por reconhecer que o tema precisa da atenção de todos, tendo em vista os dados divulgados pela ONU, informando que 3.529 mulheres foram assassinadas em 2018 por razões de gênero, isto em 25 países da América Latina e do Caribe.
Recentemente, a ONU Brasil também expôs dados de uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará e pelo Instituto Maria da Penha, mostrando que, entre 2016 e 2017, 23% das mulheres vítimas de violência doméstica no Nordeste brasileiro recusaram ou desistiram de alguma oportunidade de emprego nesse mesmo período por oposição dos parceiros. O estudo evidenciou ainda que mulheres vítimas de violência doméstica reportaram dificuldades de concentração, insônia, estresse, entre outros problemas.
“Em nosso trabalho, sempre que falamos de liberdade religiosa, também reforçamos o peso do simbólico nesse contexto. E por isso mesmo fazemos questão de destacar que a violência física contra as mulheres também não é a única maneira de agressão: violência psicológica também machuca; e pode ser até pior, por conter feridas que não são tão fáceis de denunciar e que podem sim levar à violência física irreversível. É necessário combater qualquer comportamento que machuque, por dentro e por fora”, disse a diretora de assuntos parlamentares da ANAJURE, Dra. Edna Zilli.
No Brasil, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), está realizando uma série de encontros técnicos e ações educativas em alusão à Campanha Internacional “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, numa campanha iniciada dia 20 de novembro e que vai até 10 de dezembro, cujas atividades devem subsidiar a construção de um plano emergencial de combate ao feminicídio, a ser publicado em 8 de março de 2020. Sobre isso, leia mais aqui.
Lembre-se: para denunciar, disque 180.
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Com informações: nacoesunidas.org e mdh.gov.br