Madrid 28 de novembro de 2013- A projeção de população feita publicamente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a alguns dias, reflete que a Espanha pode chegar a perder até 2,6 milhões de habitantes nos próximos 10 anos e que em 2017 as disfunções superarão aos nascimentos pela primeira vez. Os dados manifestam uma vez mais, que a situação demográfica que a Espanha atravessa pode chegar a ser muito crítica se não se começam a implementar medidas que ajudem de forma efetiva a paliar esta situação.
Estes dados sobre os quais o INE chama a atenção são consequência de distintos fenômenos como a queda da natalidade, a diminuição do número de casamentos, as dificuldades para a conciliação, a extensão da anticoncepção e o aborto, as consequências sociais da própria crise econômica, etc., sobre as quais incidem as políticas públicas. Resulta por isso imprescindível na Espanha uma reflexão sobre a redefinição daquelas políticas públicas que incidem na natalidade a fim de tentar coadjuvar e colocar freio, e reverter um fenômeno tão preocupante que, se mantido, provocará no curto prazo que a maioria das comunidades espanholas vejam minguada sua população.
O 'Foro de la Família' solicita ao Governo que crie uma comissão de especialistas que analise este fenômeno consolidado de declive demográfico na Espanha, que estude as medidas que estão adotando em outros países europeus para fazer frente aos problemas similares e que faça uma proposta de iniciativas a adotar para evitar que se consolide no tempo esta anunciada perda de população.
Neste sentido, o presidente do 'Foro de la Familia', Benigno Blanco, destacou que “a solução para a queda da natalidade passa, entre outras coisas, pela defesa da família e a implementação de políticas públicas que suponham um tratamento de favor e um apoio solidário à mulher grávida e a maternidade. Somente com políticas públicas e leis não se resolverá este problema, mas as políticas públicas e as leis podem ajudar a criar um ambiente mais favorável à recuperação da natalidade”.
Com respeito ao elevado número de rupturas matrimoniais, o presidente do 'Foro de la Familia' aproveitou para lembrar que este “ é um fenômeno muito preocupante pois, mais além do fracasso e drama pessoal que para os membros da família, supõe uma ruptura, num número tão alto e em contínuo crescimento de rupturas matrimoniais que geram uma dinâmica de instabilidade social, de empobrecimento feminino e desestabilização da solidariedade primária que sustenta a sociedade que deveriam ser considerados problemas sobre os quais temos que refletir e aos quais se faz necessário buscar solução. Sem famílias estáveis é muito difícil que se produza uma recuperação sólida e quantitativamente relevante da natalidade”.
O 'Foro de la Familia' chama a uma reflexão profunda sobre estes dados e solicita medidas eficazes que realmente ajudem a inverter novamente a pirâmide demográfica na Espanha.
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FONTE: FORO DE LA FAMILIA
TRADUÇÃO: ÉLICA JULIANNE