Após mais de um mês de protestos, cerca de 30 mortos e mais de 400 feridos, a Venezuela ainda enfrenta dias difíceis por causa dos conflitos entre as tropas do governo e manifestantes.
No último domingo (16), a Praça de Caracas, onde os manifestantes tomaram como palco principal para os protestos, foi invadida pelas tropas venezuelanas enviadas para retomar o local e dispersar os manifestantes. As tropas do governo avançaram, dispersaram grande parte deles e destruíram barricadas. O local era uma fortaleza para os manifestantes desde o começo de fevereiro, quando ocorreu o início dos conflitos. Apesar disto, a população continua sendo convocada a protestar. Eles protestam contra o governo de Nicolás Maduro (sucessor de Hugo Cháves) em questões que vão desde a criminalidade até a escassez de produtos básicos.
Ainda neste domingo (16), milhares de pessoas marcharam em direção à base aérea militar Carlota contra o governo, ao mesmo tempo, outros grupos partidários do governo também marcharam pacificamente em Caracas para elogiar as políticas de alimentação governamentais. Estudantes e a população em geral ainda estão sendo convocados por líderes a participar e fortalecer os protestos.
Na última quarta-feira (12), após um apelo das organizações estudantis, Caracas foi tomada por um dos maiores protestos opositores da história, acompanhada por manifestações em San Cristóbal (oeste) e em outras cidades do país. A Venezuela rejeitou a mediação externa por parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), mas aceitou uma reunião dos países da União Sul-americana de nações (Unasul) para tratar da situação no país. O presidente Nicolás Maduro afirma que a "tentativa de Golpe" já foi desfeita.
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Por: ANAJURE l Press Officer – Angélica Brito
