Por J.C. Von Krempach, J. D.
Há algum país no mundo onde um proeminente político poderia publicar suas experiências sexuais com crianças de seis anos pra baixo e ainda permanecer no trabalho? Provavelmente não, mas o Parlamento Europeu parece ter regras próprias para isto.
O político é Daniel Cohn-Bendit (na imagem ao lado), que em um tempo fora protagonista da revolta estudantil de 1968 e da Revolução Cultural que se seguiu, e hoje é líder do “Greens/European Free Alliance” (Aliança Livre Européia) no Parlamento Europeu.
Na sua função, por muitos anos, Cohn-Bendit tem desejado por um papel similar ao de Maximilien de Robespierre durante a Revolução Francesa, segurando todos os responsáveis por tudo – inclusive o Presidente tcheco Vaclav Klaus por sua posição contrária à União Européia, ou o Primeiro Ministro húngaro Viktor Orban por ter dado ao seu país uma nova Constituição que protege a família, define casamento como uma união entre um homem e uma mulher e (a pior das ações imagináveis contra os “valores europeus”) menciona Deus (!).
Estes dias, porém, nós fomos lembrados, mais uma vez, que o código moral de valores próprios de Sr. Cohn-Bendit não é o único partilhado. A fundação esquerdista liberal Theodor-Heuss (em homenagem a um ex-presidente da Alemanha) decidiu premiá-lo pelas suas realizações políticas – mas o Presidente da Corte Constitucional Alemã (Bundesverfassungsgericht), Andreas Vosskuhle, declinou do convite de realizar um discurso em honra ao Sr. Cohn-Bendit, dizendo que ele não quer criar a impressão de que a Corte Constitucional aprovou as declarações do Sr.Cohn-Bendit em relação à pedofilia.
O fato tem sido bem conhecido por muitos anos, mas de alguma forma ninguém parecia se importar. De volta ao inicio dos anos 70, Cohn-Bendit, que tinha sido declarado persona non grata na França e enviado de volta à Alemanha como conseqüência do seu envolvimento em vandalismo e tumulto, trabalhou como educador em uma creche para as crianças que haviam sido separadas para fazer experiências com a educação "anti-autoritária". Um princípio essencial do conceito de "anti-autoritarismo" aparentemente era confrontar os filhos, que estavam com cinco ou seis anos de idade, com a sexualidade desenfreada, a fim de superar a moralidade tradicional.
Tempos depois, Cohn-Bendit escreveu um livro sobre isto, descrevendo suas experiências como educador de infância, nos seguintes termos:
Meus flertes com todas as crianças logo adquiriu um caráter definitivamente erótico. Eu podia sentir como jovens meninas com cinco de idade já tinha aprendido a sair comigo …
Isso aconteceu várias vezes, quando algumas crianças abriram minha braguilha e começavam a me acariciar. De acordo com as circunstâncias de cada caso, eu reagia de forma diferente, mas os desejos das crianças me colocavam em problemas… Quando eles insistiam, eu os acariciava em troca. Fui acusado de ser um pervertido e havia cartas para a Câmara Municipal, perguntando se eu era pago por fundos públicos. Felizmente, eu tinha realizado o meu contrato diretamente com os pais, caso contrário eu teria sido demitido …
Na Alemanha, o movimento anti-autoritário teve seu maior impacto no campo da educação … (Wilhelm) Reich e Marx foram os pilares deste novo movimento. Freud era menos importante, porque ele tinha feito uma pesquisa objetiva sobre a sexualidade, enquanto Reich representou a luta pela sexualidade, em particular pela sexualidade dos jovens.
Estas linhas foram publicas em 1975. Naquele momento, elas pareciam representar uma abordagem "moderna" e "iluminada" para a educação e ninguém se ofendeu. É somente nos últimos anos que elas começaram a causar um problema para o Sr. Cohn-Bendit, o que lhe valeram repetidas acusações de ser um pedófilo.
Sr. Cohn-Bendit sempre rechaçou essas acusações com uma carta que alguns dos pais, cujos filhos ele deveria estar educando no jardim de infância, escreveram em seu apoio em 2001, afirmando que nenhum abuso sexual, na verdade, nunca tinha ocorrido no tempo, e que eles tinham certeza de Sr. Cohn-Bendit não era um molestador de crianças.
Mas essa linha de defesa, agora, está se quebrando: a autora e promotora da carta, a Sra. Thea Vogel, disse à imprensa alemã esta semana que ela tinha escrito esta carta só para fins políticos (ou seja, para defender o Sr. Cohn-Bendit contra acusações "que se referem a fatos ocorridos 26 anos antes"), mas que, na verdade, ela não tinha lido as passagens incriminadoras no livro de Mr. Cohn-Bendit, e que seu filho realmente nunca tinha estado no jardim de infância, onde o Sr. Cohn-Bendit estava fazendo suas experiências eróticas… Toda a carta era uma farsa.
Então, não há mais testemunhas dispostas a afirmar que o senhor Cohn-Bendit não é um abusador de crianças. Mas isso significa que ele realmente abusou de crianças? Ele agora diz que sua prosa erótica é "má literatura", mas não um relato de fatos reais.
"Foi fictício. Aquilo foi escrito para provocar e para derrubar tabus". E ele acrescenta: "Critiquem-me pelo que eu escrevi, mas não me cacem pelo que eu não fiz!".
Para mim, parece que ele poderia estar certo nessa conta: suas linhas poderiam ter sido escritas exclusivamente com a finalidade de promover a pedofilia, mas não necessariamente como um relato de fatos reais. Assim, desde que ninguém saia alegando ter sido abusado sexualmente pelo Sr. Cohn-Bendit, estou preparado para acreditar em suas negações.
Mas o ponto não está aí. Enquanto Daniel Cohn-Bendit não pode ser um molestador de crianças, certamente ele é (e nunca negou isso) um político que tem promovido ativamente a pedofilia como uma parte de sua agenda política. E não só ele, mas todo o seu movimento político junto com ele.
A revolução 1968 foi mais do que tudo uma revolução cultural, e seu objetivo essencial era o derrube das instituições "repressivas", como o casamento e a família. A destruição de todos os tabus sexuais, como homossexualidade e pedofilia, era uma parte essencial da estratégia.
Os revolucionários remaram de volta quando eles notaram que a sociedade atualmente não aceitaria a pedofilia – mas isso significa que eles não vão voltar a isto, numa fase posterior?
Atualmente, o foco é ajustado em "casamento" homossexual, e eles têm sido muito bem sucedidos nesse aspecto. Por necessidade, o que implicará direitos de adoção para homossexuais como uma maneira perfeita de recrutar crianças para a sua comunidade.
É, portanto, irrelevante se Cohn-Bendit é um pedófilo. Talvez ele não seja. Para ele e seus semelhantes, a sexualidade sempre teve um propósito político. "Casamento" de mesmo sexo, direitos LGBT, a promoção da pedofilia, etc, sempre foram parte de uma única e mesma agenda: a destruição das instituições "repressivas", como a família e o casamento.
Se eles tiverem temporariamente desistido de pedofilia, é por razões meramente tácticas. Ao contrário do que as suas esperanças, a sociedade ainda não está suficientemente "avançada" para aceitar esta parte da agenda.
Mas se fossem honestos, eles (mais uma vez) estenderiam a sigla de seu LGBT-agenda por uma letra. Essa letra é "P."
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Fonte: LifeSiteNews
Tradução: Edmilson Almeida