33 pessoas serão executadas na Coreia do Norte por terem ligação com trabalho missionário

O governo argumenta que elas estavam construindo uma rede de igrejas subterrâneas

coreia do norte

A Coreia do Norte ordenou a morte de cerca de 33 pessoas por conta de seu notório contato com um missionário, segundo informações da maior organização de notícias da Coreia do Sul.

Os 33 norte-coreanos são acusados de tentarem burlar o regime estabelecendo 500 igrejas subterrâneas, de acordo com o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, que citou uma fonte anônima. O jornal disse que eles estão sendo acusados de trabalhar com Kim Jung-wook, um sul-coreano preso por autoridades norte-coreanas sob suspeita de tentar estabelecer igrejas subterrâneas.

As execuções serão realizadas em um local secreto administrado pelo Departamento de Segurança do Estado, relatou o Chosun Ilbo.

Kim, um missionário Batista, apareceu na televisão da Coreia do Norte em 27 de fevereiro, e a transmissão informou que ele trabalhava na direção do Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul, e seu objetivo era o colapso do regime Pyongyang.

Durante a mesma transmissão televisiva, autoridades norte-coreanas mostraram entrevistas gravadas com cinco norte-coreanos que diziam que Kim os havia dado dinheiro, segundo o Chosun Ilbo. A agência de notícias não disse se os cinco que apareceram nas gravações estão entre os 33 que foram presos. Porém, foi noticiado que eles disseram que Kim prometeu, após derrubar o regime, construir uma igreja no local de Pyongyang onde hoje está a estátua do fundador Norte Coreano Kim Il-sung.

Não se sabe quantos dos 33 presos são Cristãos.

O jornal Chosun Ilbo também citou que Kim foi sequestrado por agentes da Coreia do Norte na fronteira da cidade de Dandong, China.

A sentença dos 33 norte-coreanos veio um dia após o missionário Australiano John Short ter chegado à China após ter ficado detido por semanas na Coreia do Norte por deixar panfletos Cristãos em um templo Budista.

O missionário Americano Kenneth Bae permanece aprisionado na Coreia do Norte desde sua detenção em novembro de 2012, quando liderava um grupo de turismo. Quem o processou, alegou que o missionário estava planejando um golpe estabelecendo bases na China e encorajando cidadãos norte-coreanos a derrubar o governo. Apesar de sua visível má condição de saúde e da pressão diplomática para libertá-lo, Bae continua a cumprir pena de 15 anos de prisão.

Há uma estimativa de que o número de Cristãos mantidos em prisões e campos de trabalho forçado na Coreia do Norte passe dos dez mil.

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FONTE: World Watch Monitor
TRADUÇÃO: Jorge Alberto l ANAJURE

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