Bispo Copta pede por oração em favor de votação do Referendo da Constituição egípcia

EGITO

Os Egípcios começaram ontem, (15), dois dias de votação em um referendo sobre a nova Constituição, e o Bispo da Igreja Ortodoxa Copta no Reino Unido emitiu um chamado oração por paz e segurança. 

Em uma declaração emitida em 14 de janeiro, o Bispo Angaelos disse: “Com os Egípcios na tentativa de viverem um novo espírito de cidadania, nós oramos para que eles estejam seguros em fazer isto e que vejam o Egito passar para o próximo nível deste processo constitucional e democrático”.

O chamado à oração do Bispo vem em meio a contínuas preocupações com a segurança em todo o país, com homens armados e encapuzados atirando em uma igreja em Fayoum, Cairo, na manhã de 14 de janeiro, além de relatos de várias mortes e pessoas feridas em embates com as forças de segurança.

Os Egípcios que moram fora do país já votaram favoravelmente à Constituição em 12 de janeiro, e a expectativa é de que o referendo tenha grande aceitação. O exército do General-Chefe Abdel-Fattah al-Sisi o tem orientado a sair candidato à presidência caso o resultado da votação seja um estrondoso “SIM”.

Grupos religiosos e políticos de todo o país estão incentivando a participação no referendo, incluindo o Imã da Universidade al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, o porta-voz do partido Salafi-al-Nour, e representantes da igreja, incluindo o Papa Copta Tawadros II, o Patriarca Católico Copta Ibrahim Isaac Sidrak, e o vice-presidente da Comunidade Protestante do Egito, Andrea Zaki. No entanto, alguns têm boicotado o referendo, incluindo a Irmandade Muçulmana e o partido Egito Forte. Numa continuação da demonização da comunidade Copta por parte da Irmandade Muçulmana, a qual responsabiliza o outro grupo pela retirada do presidente Morsi, o site da Irmandade está focando na elevada taxa de participação de eleitores Coptas.

Enquanto a nova Constituição remove vários artigos controversos que pavimentariam o caminho para uma interpretação restritiva da Sharia, as provisões para liberdade de religião e crença se mantêm aplicáveis aos Muçulmanos, Cristãos e Judeus apenas. Entretanto, referências diretas aos estatutos internacionais de direitos humanos parecem ilustrar um compromisso em manter este e outros direitos.

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FONTE: CSW
TRADUÇÃO: JORGE ALBERTO

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