Vários portais repercutem decisão.
Segundo o resultado provisório, quase 65% dos votantes disse sim à reforma constitucional proposta.
Morador de Zagreb, na Croácia, participa de referendo. (FOTO/AFP)
Os croatas decidiram que a Constituição defina o matrimônio, exclusivamente, como a união de um homem e uma mulher, durante consulta impulsada por uma associação católica, que foi taxada de discriminatória pelo coletivo homossexual.
A reforma constitucional confirma que somente os heterossexuais podem casar saiu adiante com 64,84 por cento dos votos a favor e 35,56 por cento contra, segundo os primeiros dados oficiais com uma quarta parte das papeletas escrutadas.
No total, 3,8 milhões de croatas podiam votar nesta consulta, cuja pergunta foi: “Você é a favor de que na Constituição se introduza a definição do matrimonio como união entre homem e mulher?”.
O grupo católico “Em nome da família” reuniu mais de 740.000 assinaturas para convocar esta consulta, que blinda constitucionalmente a atual definição do matrimônio na vigente “Lei de Família”.
Segundo os dados preliminares da Comissão Eleitoral, a participação foi inferior a 40 por cento. Não obstante, a legislação atual estabelece que basta reunir a maioria simples de votos a favor, independentemente do índice de participação.
Esta consulta blinda a atual limitação do matrimonio para os heterossexuais que já existe na Lei de Família.
O primeiro ministro é contra
O primeiro ministro croata, o social democrata Zoran Milanovic, declarou que votou ‘Não’, e lamentou não poder evitar o referendo sobre o matrimonio, por mais triste que isso soasse.
O Governo, que qualificou de homofobica esta consulta, apresentou um projeto de lei para impedir no futuro que possam aprovar via referendo reformas legais que afetem aos direitos da minoria.
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