Após meses de avaliação para o uso do termo genocídio, no útimo dia 17, o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, reconheceu que o Estado Islâmico cometeu genocídio contra minorias cristãs e yazidis, além de muçulmanos xiitas, no Iraque a na Síria. Antes disto, em 14 de Março, a Câmara dos Deputados dos EUA também aprovou uma resolução denunciando a violência sistemática do EI incluindo “assassinato em massa, crucificações, decaptações, estupro, tortura, escravização e sequestro de crianças”, declarando que tais atrocidades constituem “genocídio”, “crimes contra a humanidade”, e “crimes de guerra”.
Relatório detalhado sobre Genocídio de Cristãos:
"Nós vamos conquistar a sua Roma, quebrar suas cruzes, e escravizar suas mulheres, com a permissão de Allah, O Exaltado. Essa é a promessa Dele a nós; Ele é glorificado e Ele não falha na Sua promessa. Se nós não alcançarmos esse tempo, nossos filhos e netos irão alcançá-lo, e eles venderão seus filhos como escravos no mercado de escravos."
— Da revista Dabiq do Estado Islâmico
A Organização Knights of Columbus havia pressionado os EUA a se juntar à Associação Internacional de Estudiosos de Genocídio, 60 Parlamentares do Reino Unido, mais de 200 membros do Congresso, Papa Francisco, Parlamento Europeu, entre outros, para reconhecer o genocídio contra cristãos e outros grupos minoritários no Iraque e na Síria.
Em 9 de Março, a Knights of Columbus enviou um relatório para o Secretário de Estado John Kerry defendendo que cristãos, assim como os Yazidis e outros grupos religiosos minoritários, são vítimas de genocídio pelo Estado Islâmico. O relatório, que identifica por nome mais de 1.100 mártires cristãos mortos pelo EI, provê um sumário jurídico detalhando o caso como genocídio. Preparado em resposta a um pedido de oficiais do Departamento de Estado dos EUA, o relatório também contém evidências como afirmações de testemunhas, listas de ataques contra cristãos e igrejas, e listas de preços de escravas sexuais cristãs e yazidis.
Clique aqui para baixar o relatório completo (em inglês).
Clique aqui para ler e escutar (em inglês) a história do Padre Doulas al-Bazi, um padre iraquiano que foi mantido cativo pelos terroristas no Iraque. Ele está contando sua história para inspirar o governo dos EUA a reconhecer o genocídio dos cristãos.
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Por ANAJURE, com tradução de Tarcísio Oliveira e informações do Observatory on Intolerance and Discrimination against Christians in Europe.