Algumas das meninas de Chibok, que foram raptadas pelo Boko Haram em 2014, irão iniciar os estudos este mês na Universidade Americana da Nigéria em Yola, estado de Adamawa, segundo informações do governo nigeriano.
Das 276 garotas sequestradas, 82 garotas foram libertas no mês de Maio deste ano, em troca de um número não revelado de comandantes do Boko Haram, enquanto outras 21 foram liberadas em outubro de 2016. 57 meninas fugiram logo após o sequestro. Estima-se que 113 meninas ainda estão em cativeiro.
Uma das meninas raptadas que conseguiu fugir pouco tempo após o sequestro disse que as reféns mais jovens foram vítimas de até 15 estupros por dia, segundo o portal local “The trent”. As jovens foram obrigaram a se converterem ao islamismo e se recusassem seriam mortas (Veja aqui).
Desde que elas foram libertas, ficaram sob custódia do governo, que afirma haver fornecido aconselhamento e ajuda. Mas em 13 de setembro o governo fez uma festa de despedida para elas na capital, Abuja, para marcar o fim de seu programa de reabilitação.
Em 22 de agosto, a ministra das Mulheres, Aisha Alhassan, anunciou: “Todas as 106 meninas estão agora totalmente recuperadas, prontas para a reintegração com suas famílias e a sociedade em geral, e para voltar à escola.”
Na noite passada, ela disse à BBC: “É uma noite muito feliz… Porque quando essas garotas voltaram, estavam tão traumatizadas que não acreditavam que fossem livres. las estavam tendo pesadelos, você podia ver muitos traumas nelas… Então tivemos que fazer muita terapia nelas. Para a glória de Deus, elas se estabeleceram, se recuperaram completamente.”
“Estão muito ansiosas para ir para casa. Antes, quando você falava sobre ir para casa, elas lhe diriam que não queriam ir ao estado de Borno, onde a insurgência está acontecendo, mas agora, quando você lhes diz: ‘Você logo vai para casa’, elas começam a gritar, cantando e dançando, e também estão muito ansiosas para voltar para a escola.”
Segundo o World Watch Monitor (WWM, sigla em inglês), cinco das meninas sequestradas foram levadas para os Estados Unidos por benfeitores e já estavam na universidade.
Alguns meses atrás, alguns dos pais se queixaram de que suas filhas não tinham tido permissão de voltar para visitar suas casas mais cedo, dizendo que isso teria contribuído para a reabilitação. O governo respondeu dizendo que precisava ter certeza de preocupações de segurança.
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Fonte: World Watch Monitor
Por: Redação l ANAJURE