O Governo do Vietnã é cobrado para que haja investigação às alegações de que a ativista Tran Thi Hong, também deputada, tenha sido torturada pelas autoridades locais antes e após reunião com o embaixador dos EUA sobre a liberdade religiosa internacional em Março e Abril de 2016.
O pedido ocorreu durante uma declaração conjunta assinada pela Christian Solidarity Worldwide (CSW), 32 organizações de fé Vietnamitas, ONG’s e indivíduos que lidam de forma internacional em defesa dos direitos humanos. De acordo com o comunicado, em 31 de março de 2016, as autoridades locais na província de Gia Lai usaram de violência para impedir que Tran Thi Hong participasse de uma reunião com o embaixador dos EUA, David Saperstein, sobre liberdade religiosa internacional. A reunião foi transferida para a casa da senhora deputada Hong e foi monitorada pelas autoridades locais.
Em 14 de abril, Hong alegou que foi raptada de sua casa e levada para um departamento de um local onde agentes à paisana a espancaram severamente por três horas enquanto ela era interrogada sobre o encontro com o embaixador Saperstein. Como resultado do espancamento, a Sra. Hong sofreu ferimentos em sua cabeça, joelhos, pernas, mãos e pés.
A deputada Hong é membro das entidade Mulheres Vietnamitas para os Direitos Humanos (VNWHR), uma organização da sociedade civil que visa aumentar a consciência dos direitos humanos e dignidade humana, com uma ênfase particular sobre os direitos das mulheres.
Ela é casada com o Pastor Nguyen Cong Chinh, também ativista, que está cumprindo uma sentença de onze anos de prisão. O Pastor Chinh defendeu a liberdade religiosa e a democracia no Vietnã e prestou assistência às minorias étnicas e às famílias dos prisioneiros por questões de consciência. Em 2012, ele foi condenado por "minar a unidade nacional" nos termos do artigo 87 do código penal.
Em entrevista a Radio Free Asia, o embaixador Saperstein confirmou que as autoridades haviam bloqueado o acesso da senhora deputada Hong para o hotel onde deveria ocorrer a reunião em 31 de março.
O chefe executivo da Christian Solidarity Worldwide (CSW), Mervyn Thomas, disse: "apoiamos totalmente esta declaração que exorta o governo do Vietnã para investigar as alegações de tortura de Tran Thi Hong. A CSW continua a receber relatos de assédio, intimidação e violência contra comunidades religiosas não registradas junto às autoridades; notamos também várias violações contra blogueiros, líderes religiosos, advogados e ativistas que pretendem promover os direitos humanos no Vietnã. Apelamos ao governo para investigar profundamente estes relatos de violência contra Tran Thi Hong e para liberar o Pastor Nguyen Cong Chinh e outros prisioneiros detidos por defender a liberdade de religião ou crença e outros direitos humanos".
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Fonte: CSW
Tradução: Rafael Durand l ANAJURE