"As violações da liberdade religiosa podem servir como um barômetro para outras violações dos direitos humanos" – Dr. Mervyn Thomas – Presidente da CSW
Torturas, mortes e humilhações públicas motivadas pela declaração de fé em várias partes do mundo, levaram a CSW (Christian Solidary Worlwide) a iniciar uma campanha na Inglaterra denominada “Operação 18”, que teve início em abril deste ano, e tem como objetivo alcançar o número de 30 mil assinaturas a fim atrair a atenção das autoridades dos EUA, Reino Unido e União Europeia, para utilizar influência política e explicar aos outros governos como devem cumprir as recomendações da declaração.
A campanha tem esse nome porque está focada no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) que afirma "Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade, seja sozinho ou em comunidade com outros e em público ou privado, de manifestar essa religião ou crença no ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos", porém a realidade prova que esse artigo não tem sido cumprido em várias regiões do mundo.
O trabalho principal da CSW é a defesa da liberdade de religião, com o objetivo de desafiar e mudar as leis, comportamentos e políticas que reforçam a discriminação e perseguição, principalmente religiosa. Até o momento a campanha já reuniu mais de 2 mil assinaturas. A comissão organizadora disponibiliza em seu site materiais que podem auxiliar os interessados em contribuir com a campanha bem como se reunir em oração a cada dia 18 do mês.
Veja abaixo uma entrevista com o presidente da CSW – Dr. Mervyn Thomas:
ANAJURE: Quando a campanha começou?
Mervyn Thomas: A Operação 18 foi lançada em 18 de abril. Nós escolhemos esse dia porque a campanha está focada no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Ele diz: "Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade, seja sozinho ou em comunidade com outros e em público ou privado, de manifestar essa religião ou crença no ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos".
ANAJURE: Qual é o propósito desta campanha?
Mervyn Thomas: A campanha tem três objetivos principais: Sensibilizar o público sobre o artigo 18 º e sobre a questão da liberdade de religião (e, especificamente, o direito de converter-se) como um direito humano legítimo e igual que todas as pessoas tem, em toda parte. Aumentar a sensibilização do público para as violações a este direito humano, além de pedir ao Reino Unido e outros governos que utilizem a política externa para aproximação a outros países para explicar como eles podem cumprir as recomendações feitas pelo Relator Especial da ONU no seu relatório sobre a conversão. Mais informações podem ser obtidas sobre esse relatório em nosso guia da campanha, disponível neste link.
ANAJURE: Quais são as expectativas do senhor sobre esta campanha?
Mervyn Thomas: Nós estamos esperando alcançar 30.000 pessoas para assinar nosso cartão postal ou a versão online da nossa petição, pedindo que o Reino Unido, EUA e da União Européia para usar sua política externa para segurar outros governos para explicar como eles vão cumprir as recomendações do Relator Especial em seu relatório sobre a conversão.
ANAJURE: Qual a opinião do senhor sobre a declaração de direitos humanos?
Mervyn Thomas: Nada precisa ser mudado na DUDH – mas ela precisa ser exercida para todos, em todos os lugares do mundo. Nosso guia campanha descreve o que acontece na prática em relação ao que deve acontecer na teoria.
ANAJURE: Como o senhor vê a questão da perseguição religiosa na atualidade?
Mervyn Thomas: A perseguição religiosa é inaceitável, e temos visto ao longo do nosso trabalho que as violações da liberdade religiosa podem servir como um barômetro para outras violações dos direitos humanos. A CSW trabalha para defender a liberdade de religião e crença, como expresso no artigo 18 da DUDH.
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Por: ANAJURE – International Press Office l Angélica Brito
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Entenda mais sobre a OPERAÇÃO 18 da CSW:
OPERAÇÃO 18
Centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo sofrem abusos dos seus direitos de escolher a própria religião. Existe uma grande diferença entre teoria e prática.
Desafie esta diferença hoje se juntando à campanha Operação 18. Vamos manter o direito de escolher sua religião.
“Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência, religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.”
* Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Qualquer um, em qualquer lugar, tem o direito de se converter ao sistema religioso ou de crença que escolher. Sem exceções e sem consequências negativas. É um direito humano, como todos os outros direitos humanos.
Isto inclui:
– A liberdade de escolher nossa religião ou crença;
– A liberdade de recusar ser forçado a ser de uma religião ou crença particular;
– A liberdade de entusiasmar a outros sobre nossa religião ou crença de uma forma não coerciva.
QUAL É O PROBLEMA?
Apesar destes padrões internacionais, há muitos lugares onde as pessoas e as comunidades não têm estes direitos. Em alguns países, pessoas que se convertem pagam um preço pesado socialmente, economicamente, fisicamente e emocionalmente. Em outros países, pessoas são forçadas a se converter e reconverter contra sua vontade.
Informe-se mais em: http://www.csw.org.uk/operation18
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Tradução: Jorge Alberto